Depois de, na semana passada, ter cedido um empate caseiro frente aos Pinhelenses, o Aguiar da Beira sofreu a bom sofrer para levar de vencida o Arcozelo, só conseguindo chegar ao golo nos últimos minutos da partida.
O jogo “valeu” pelo bonito golo de Celso, já que o Aguiar não entrou bem no desafio, embora tenha tido a posse de bola e a iniciativa com um caudal atacante transbordante, mas sem mostrar grande futebol. Em toda a primeira parte, a equipa de Totá protagonizou uma ou duas ocasiões de perigo junto à baliza de Fernando Silva. Já a equipa de Quim Jó, apercebendo-se dos erros do adversário, aproveitou e quase marcou em algumas ocasiões, sempre em contra-ataque criando muito perigo para Carlitos. E não fosse o guardião aguiarense e a má pontaria dos avançados, a equipa da casa poderia ter sofrido dois ou três golos. Paulo Mota, David e João Paulo foram os mais evidentes nos falhanços. Na equipa de Aguiar, Nuno Gomes falhou vários remates que poderiam ter dado golo, mas um foi mais flagrante que o outro. Ao falhar o remate, a bola subiu e Fernando Silva fez a defesa da tarde, evitando o golo ao desviar o esférico com a ponta dos dedos para canto.
No reatamento, tudo na mesma, com os falhanços a sucederem-se para ambas as formações. O Aguiar continuou a atacar com perigo, mas as bolas cruzadas por Simões, no lado direito, eram desperdiçadas na área visitante. A ansiedade dos jogadores aumentou na procura do golo e os erros foram-se acumulando, embora fosse muito difícil bater a defensiva do Arcozelo da Serra. Bem posicionada e com nove ou dez jogadores dentro da área, praticamente durante toda a partida, foi muito difícil ultrapassar esta barreira coesa Entretanto, os locais começaram a subir de rendimento e a jogar melhor. Isto quando Totá tirou Centeio, que esteve muito mal, e fez entrar Varandas, uma mexida que deu resultado. Já a equipa visitante continuou a apostar no contra-ataque, algumas vezes com muito perigo. Foi o caso de Alfredo, isolado e só com Carlitos pela frente, que falhou o golo ao fazer um passe para o guardião. Pouco depois, Paulo Mota chegou atrasado a um cruzamento “mortal”, mas a bola perdeu-se pela linha final.
Na resposta, Varandas, isolado, falhou o golo de cabeça atirando ao lado. Enfim, foi um número impressionante de falhanços e maus remates de parte a parte que desiludiu a muita assistência que se deslocou ao Campo Matos Cid. O tão procurado golo aconteceu finalmente para o Aguiar da Beira, numa bonita jogada de bola corrida, com um excelente passe a rasgar a defesa visitante para Celso, numa desmarcação perfeita, encostar o pé na bola e fazer o tento que deu a vitória aos locais. Um bonito golo que aconteceu aos 89 . No Aguiar da Beira, “salvaram-se” Carlitos, Simões, que esteve muito bem, Diogo, Nuno Sena, Caleiro e, claro, Celso, que mais uma vez foi muito castigado com faltas muito duras. No Arcozelo, que não é uma equipa fácil de vencer, pois defende bem e tem um poderoso sistema de contra-ataque, destacamos o guarda-redes Fernando Silva, quase toda a sua defesa, Guerra , David e os seus companheiros do ataque. O encontro foi bem apitado, tendo os atletas jogado correctamente, mas o trio de arbitragem esteve menos bem nalgumas situações de foras de jogo.
Pedro Sousa