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Suspeitos de vandalizarem gravura do “Homem de Piscos” constituídos arguidos

Vila Nova de Foz Côa

Já foram identificados pela Polícia Judiciária (PJ) os autores do ato de vandalismo de que foi alvo a gravura do “Homem de Piscos” no Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC).

Segundo o Departamento de Investigação Criminal da Guarda, os suspeitos «são responsáveis pela produção de dois desenhos e uma inscrição legendária sobre o painel central de arte rupestre da Ribeira de Piscos, vulgarmente conhecido pela representação do “Homem de Piscos”, o qual está classificado como monumento nacional e como património mundial pela UNESCO». Os factos ocorreram a 25 de abril e foram denunciados três dias depois pela Fundação Côa Parque, que gere o PAVC e o Museu do Côa. Em comunicado, a PJ esclarece que «tais desenhos e inscrição foram produzidos durante um passeio local de vários ciclistas, com recurso a uma pequena pedra de xisto, que funcionou como instrumento de incisão sobre o bloco rochoso que acolhe várias gravuras do período Paleolítico Superior, entre as quais, a única figuração antropomórfica paleolítica até hoje claramente identificada em Portugal».

Residentes em Torre de Moncorvo, os dois suspeitos, com 25 e 30 anos, foram constituídos arguidos e interrogados nessa qualidade, tendo confessado «a autoria dos referidos desenhos e inscrição legendária, os quais, segundo parecer técnico especializado, terão danificado, de forma irremediável, aquele mencionado património mundial de arte rupestre localizado em Portugal», adianta a Judiciária. Os dois homens são suspeitos da prática de um crime de dano qualificado, que pode ser punível com uma pena de prisão até oito anos.

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