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Surpresa com penáltis e polémica

Desportivo de Gouveia empatou com Sp. da Mêda e perdeu liderança

Tal como já fizera na jornada inaugural do campeonato, o Sporting da Mêda voltou a roubar pontos ao candidato Desportivo de Gouveia. Logo na primeira parte do jogo, período durante o qual a equipa da casa dispôs de mais e melhores oportunidades para marcar, a formação medense deu mostras de que estava em Gouveia para discutir o resultado e pôr em causa o favoritismo que era atribuído aos locais.

Contudo, os gouveenses ainda conseguiram criar duas boas situações em outros tantos remates de Rui Ramos que, no entanto, não tiveram o destino desejado. Apreensivos com o empate a zero verificado ao intervalo, os adeptos gouveenses foram surpreendidos com o golo da Mêda, logo após o recomeço. A jogada começou com um lançamento em profundidade para Paulo João que, depois de ultrapassar a defensiva contrária, entrou na área onde foi tocado pelo guarda-redes Miranda. O árbitro mandou marcar a grande penalidade que o próprio Paulo João transformou no primeiro golo do jogo. Este golo permitiu à equipa da Mêda passar a jogar, de forma ainda mais declarada, em contra-ataque, enquanto o Gouveia viu aumentar as suas responsabilidades e dificuldades, numa altura em que já era notório algum desacerto. Exemplo disso foi o excelente lance de Rebelo, aos 60’, que depois de passar por vários adversários cruzou para o interior da área onde não apareceu ninguém a fazer a emenda.

A equipa da Mêda tremia mas não caía e, aos 71’, podia ter mesmo sentenciado a partida, em mais um lance de contra-ataque. Partindo de posição muito duvidosa, o inevitável Paulo João isolou-se e atirou, à saída de Miranda, levando a bola a embater na base do poste mais próximo. Passado o susto, os gouveenses voltaram a carregar mas sem conseguirem criar verdadeiras oportunidades de golo. No entanto, aos 86’, a equipa da casa beneficiou de uma grande penalidade muito duvidosa e bastante contestada pelos medenses. Patrício foi o protagonista do lance, já que, depois de receber a bola no interior da área contrária, apareceu estatelado no chão. Peremptório, João Adónis mandou marcar a grande penalidade que Rui Ramos transformou no golo da igualdade que perdurou até final. Apesar das dúvidas suscitadas pelo lance, o empate acabou por ser o resultado que melhor traduziu aquilo que se passou durante os noventa minutos em que o trabalho do trio de arbitragem foi contestado pelas duas equipas. Aliás, não se percebe a razão da indicação de João Adónis para este jogo, depois da situação criada pelo mesmo árbitro no jogo Gouveia-Manteigas, interrompido e concluído posteriormente, e sabendo-se que existe um litígio entre João Adónis e o clube medense que, aliás, fez com que a Mêda jogasse em Gouveia debaixo de protesto.

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