O Sporting da Mêda impôs uma pesada derrota ao Sabugal, que foi derrotado por seis bolas a uma no último domingo. Contudo, apesar de perder por uma grande margem, a equipa da raia até entrou melhor na partida e durante os primeiros minutos revelou-se um quebra-cabeças para os locais, que demoraram a contrariar o ascendente inicial dos visitantes.
Deste modo, o primeiro golo da partida aconteceu contra a corrente do jogo, já que os homens da casa fizeram o seu primeiro tento à passagem dos 13 , por Tiago, numa altura em que quem mandava claramente no encontro eram os visitantes. Mas a vantagem da Mêda não durou muito, já que o Sabugal empatou à meia-hora na marcação de uma grande penalidade que não merece qualquer contestação. Chamado a converter, Tó Zé não desperdiçou. A primeira parte foi, na sua maioria, dominada pelos raianos, mas os homens da casa foram equilibrando e chegaram ao intervalo a mostrar já algum ascendente em relação ao adversário. A etapa complementar foi bem diferente, com a equipa da casa a querer segurar os três pontos da vitória o mas rapidamente possível. Os homens mais adiantados da Mêda estavam em tarde inspirada e os golos foram surgindo naturalmente, alguns deles de grande qualidade e sem nenhuma hipótese de defesa para o guardião contrário.
O Sabugal começava a não acreditar que podia dar a volta ao resultado e, a somar aos golos adversários, o técnico Vinhas viu ainda a sua equipa reduzida a nove elementos após as expulsões de Tó Zé e Nuno Marcos, recém-entrado na partida. Em suma, o Sabugal ficou algo desmotivado, sobretudo depois das expulsões, já que a equipa da raia entrou muito bem na partida mas não conseguiu levar esse caudal ofensivo para a segunda parte. Quem aproveitou foi o Sporting da Mêda, que, apesar de toda a equipa ser bastante coesa, tem uma linha avançada de luxo com Paulo João, Tiago e Xilipê. Três dianteiros que são uma constante dor de cabeça para as defensivas contrárias. O resultado, apesar de justo, é bastante desnivelado, pois o Sabugal não merecia tamanha goleada, sobretudo pelo que fez na primeira parte. Quanto ao árbitro da partida, demorou a segurar o jogo e mostrou por três vezes a cartolina vermelha. Apesar de algumas decisões bastante contestadas, a actuação de Hugo Geraldes não interferiu no resultado, fazendo um trabalho regular. No final, Carlos Janela, presidente do Sporting do Sabugal, estava bastante agastado com diversas situações do “mundo” futebolístico distrital, referindo que «ou terminava o futebol sénior no Sabugal ou pedia a demissão» do cargo que ocupa há vários anos. Uma decisão que só será conhecida depois de uma reunião com os restantes membros da direcção.
Rui Geraldes/ Rádio Elmo