Num jogo para cumprir calendário, o Sporting da Mêda, já despromovido aos distritais, empatou 0-0 com o Leça na tarde do passado sábado, naquela que foi a última partida dos medenses perante o seu público esta época.
Face ao carácter quase “amigável” deste jogo, Artur Lobão aproveitou para operar algumas mexidas no onze habitual, destacando-se desde logo a inclusão de Batata, após longa ausência por lesão. A equipa da casa procurava despedir-se dos seus apoiantes com um bom resultado, e foi a primeira a criar perigo aos 16’, através de um livre de Patoilo que obrigou Tiago a intervenção atenta. Mas o Leça não estava na Mêda para facilitar e respondeu de pronto, com um remate cruzado de Ricardinho que saiu ligeiramente ao lado, e pouco depois, com um livre frontal executado por Hélder que levou a bola a passar rente ao poste da baliza medense. Do outro lado, Edi foi à linha e cruzou para uma defesa de recurso do guardião leceiro, e na resposta, Amaral atirou à figura de Zé Luís. O equilíbrio era a nota dominante do encontro, mas pertenceram aos visitantes as melhores oportunidades antes do intervalo. Aos 37’, Hélder rematou forte de primeira, levando a bola a sair ligeiramente por cima, e aos 44’, Cerejo isolou-se e atirou para o fundo da baliza, mas o árbitro invalidou o lance por fora-de-jogo. No minuto seguinte, o mesmo jogador voltou a aparecer em posição perigosa, mas rematou para fora.
No regresso dos balneários, a Mêda voltou a entrar melhor e David Reis podia ter inaugurado o marcador aos 55’, mas o cabeceamento não encontrou a baliza. Pouco depois foi Jean a ensaiar a meia distância, mas a atirar por cima. Aos 60’, Rogério caiu na área do Leça depois de um lance confuso e pediu-se grande penalidade, mas Ricardo Fontes mandou jogar. Cinco minutos volvidos, a bola voltou a entrar na baliza do Mêda, mas o lance foi novamente invalidado, pois Paiva, antes de finalizar, ajeitou a bola com o braço. Aos 67’, Paiva esteve novamente em evidência, rematando ao lado em resposta a um cruzamento da direita. E aos 75’, o mesmo jogador protagonizou o lance mais perigoso da partida, com um remate forte ainda de fora da área que acertou em cheio na trave. No lance seguinte, Salcedas também procurou ser feliz na meia distância, mas atirou por cima. O mesmo Salcedas voltou a criar perigo aos 83’, na cobrança de um livre direto a que Tiago respondeu com boa defesa. Já nos descontos, Amaral fugiu à marcação, surgiu isolado frente a Zé Luís e rematou rasteiro, mas o guardião medense defendeu para canto.
No final, apesar do nulo e da exibição menos conseguida, os jogadores do Sporting da Mêda mereceram alguns aplausos do pouco público presente. O trio de arbitragem que viajou de Castelo Branco realizou um trabalho regular.
Artur Lobão, treinador do Mêda, mostrou-se descontente com o resultado: «Queríamos oferecer uma vitória aos nossos adeptos, mas tivemos pela frente uma equipa do Leça que esteve bem defensivamente, e que veio aqui fazer um jogo de contenção, o que nos dificultou a tarefa. Os meus jogadores podiam ter feito mais qualquer coisa, a vitória esteve ao nosso alcance mas não conseguimos marcar». Quanto ao balanço desta época, o treinador medense disse ter sido «uma temporada difícil, numa série bastante complicada». «Entrámos bem no campeonato, mas depois começaram a fazer-se sentir os efeitos de ter um plantel curto e com castigos e lesões os resultados decaíram. Esta segunda fase colocou-nos ainda mais dificuldades que a primeira, até porque entrámos em desvantagem, e acabámos por não alcançar o objetivo da manutenção. Mas ainda assim penso que dignificámos a cidade e o clube», considerou. Quanto ao futuro, disse que «ainda não sabe» se continua na próxima época. «Há mais um jogo para disputar, e depois a direção terá uma palavra a dizer nesse sentido, mas estou disponível para ajudar o clube se os dirigentes assim o entenderem», afirmou.
Fábio Gomes 
