Dez jogos depois, o Souropires voltou a perder para o Nacional da IIIª Divisão, na deslocação a Santa Comba Dão. E foi muito por culpa própria que a equipa do concelho de Pinhel não conseguiu pontuar no jogo do último domingo.
O Santacombadense, a necessitar de pontos como de “pão para a boca”, entrou a pressionar o Souropires. No entanto, os visitantes conseguiram pôr cobro à situação logo nos primeiros minutos da partida e passaram a controlar as operações. O problema é que, apesar do grande caudal atacante e das oportunidades criadas, a linha avançada do Souropires não rematou com êxito à baliza de David, já que os seus atacantes viveram uma tarde para esquecer. Os visitantes poderiam mesmo ter chegado ao intervalo com uma vantagem confortável, mas as jogadas desperdiçadas impediram uma segunda metade do encontro mais tranquila. No regresso das cabinas, o Santacombadense entrou mais pressionante, mas foi sol de pouca dura já que, mais uma vez, o Souropires voltou a chamar para si o controlo do jogo. Contudo, o tempo foi passando e a equipa do concelho de Pinhel continuava a não conseguir materializar em golos as oportunidades que iam sendo criadas.
E como quem não marca arrisca-se a sofrer, o Souropires acabou por consentir o golo da vitória do Santacombadense já nos minutos finais do encontro. Na sequência de uma recarga a defesa de Valezim, que afastou uma bola para a zona frontal da sua área, Nuno Pedro rematou para a baliza desprotegida e acabou por obter o único golo da partida. No final, Manuel Barbosa, técnico do Souropires, estava consciente de que uma derrota acabaria por acontecer mais cedo ou mais tarde, «mas não em Santa Comba, porque merecíamos melhor sorte». O treinador não considera que a equipa arriscou pouco, dizendo mesmo que fez o necessário, «mas falharam golos escandalosos e quando assim é, normalmente sofre-se», afirmou, acreditando que este resultado negativo não afecta «em nada» a permanência no Nacional, o objectivo traçado para esta época. Quanto ao trio de arbitragem, esteve em plano aceitável, deixando jogar futebol e actuando sempre de acordo com as regras disciplinares. Pena foram alguns amarelos que não mostrou aos homens da casa.
Fernando Araújo/Rádio F
