Mais uma vez o Souropires não conseguiu pontuar no Nacional da IIIª Divisão, na deslocação ao terreno do Valcambrense que tem vindo a fazer uma recuperação notável e que, ao contrário dos visitantes do último domingo, já conseguiu a manutenção. De resto, parece-nos que a equipa do Souropires tem vindo nestes últimos encontros a acusar a responsabilidade da manutenção, já que tem entrado em campo bastante nervosa e talvez por isso as coisas não têm corrido bem aos homens de Manuel Barbosa.
No domingo, a equipa entrou novamente bastante nervosa e não conseguiu impor o seu jogo, com os sectores a mostrarem-se bastante desligados. Assim, raramente construíram uma jogada com princípio, meio e fim, possibilitando ao adversário o comando da partida e uma vitória por dois golos sem resposta. Manuel Barbosa admite que a formação não esteve bem, mas não consegue encontrar explicação para o facto, reconhecendo que a vitória do Valcambrense é justa. O técnico admitiu também que a situação é «agora mais complicada». No entanto, acredita na equipa e afirma mesmo que no próximo domingo, frente ao Tocha, o Souropires vai «garantir os três pontos que lhe permitem definitivamente a manutenção». O Valcambrense abriu o activo com alguma sorte aos 9 do primeiro tempo e voltou a facturar pela segunda vez aos 32 , depois de Fernando ter perdido uma bola na zona de meio campo, quando o Souropires estava balanceado no ataque à procura do golo da igualdade.
O intervalo chegou com o resultado a favor do Valcambrense e o marcador não se alterou mais até ao apito final. A equipa técnica do Souropires ainda mexeu no xadrez, mas as alterações não surtiram efeito, tendo sido mesmo os locais quem mais oportunidades criou para aumentar o resultado. De referir que apesar de não estar bem, a equipa do concelho de Pinhel merecia, pelo menos, o tento de honra, um golo que não aconteceu por manifesta falta de sorte dos atacantes visitantes. No entanto, a vida do Souropires está muito complicada na série C da IIIª Divisão. A equipa de arbitragem, que viajou da “cidade Invicta”, chefiada por Silva Leal, esteve em plano aceitável, cometendo algumas falhas tanto no aspecto técnico, como no disciplinar, mas não teve influência no resultado final.
Fernando Araújo/Rádio F
