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Souropires volta a empatar a zero

Representante do distrito nos Nacionais com razões de queixa da arbitragem

Mau de mais para ser verdade, é o que se pode dizer do jogo entre Souropires e São João de Ver que terminou empatado a zero. De facto, o que se passou no domingo no Campo da Recta, em Souropires, foi péssimo e tudo por culpa de uma equipa de arbitragem que demonstrou, a exemplo do que tinha acontecido em Lamas, não ter categoria para dirigir encontros do Nacional. E muito menos um jogo entre duas equipas apenas separadas por um ponto na tabela classificativa.

O Souropires entrou determinado e pressionou desde o primeiro minuto a equipa adversária, que raramente criou perigo para a baliza de Valezim. Actuando com cinco defesas, o São João de Ver demonstrou o firme propósito de jogar para não perder e teve a ajuda do trio de arbitragem, que fez a vida negra aos homens de Manuel Barbosa. O técnico do Souropires afirma mesmo que o adversário jogou «claramente para defender o resultado, nunca saindo do seu meio-campo, numa clara atitude de anti-jogo». Sublinhou ainda que houve pouca sorte e que a arbitragem teve influência no resultado, pois não entendeu, tal como nós, a expulsão de Faneca. Barbosa não quer pensar que a arbitragem tenha sido uma «encomenda», mas atendendo ao desenrolar da partida deixa algumas reticências, reafirmando que o juiz da partida «não tem categoria para andar no Nacional da IIIª Divisão».

Apesar de reduzido a dez elementos desde o último minuto da primeira parte, o Souropires regressou ao terreno de jogo para a etapa complementar com o firme propósito de arrecadar os três pontos em disputa. Pode mesmo dizer-se que, apesar de todas as contrariedades, foi a equipa que esteve mais perto da vitória. O técnico salienta a atitude dos seus jogadores durante a partida, esperando que sejam recompensados pelo esforço despendido. No entanto, também diz que o empate «é frustrante» para quem tudo fez para vencer, considerando mesmo que o jogo foi transformado num «autêntico circo pela equipa adversária, com a conivência do trio de arbitragem». Certo é que o São João de Ver, tal como o trio de arbitragem, não demonstrou categoria para ocupar o lugar em que se encontra na classificação, preocupando-se muito em defender, usando e abusando da simulação de lesões, perdendo demasiado tempo e cortando sempre que podia o ritmo de jogo do Souropires. A equipa do concelho de Pinhel demonstrou ser merecedora dos três pontos em jogo, revelando um excelente espírito colectivo, sendo difícil destacar um elemento. Para a história fica o amargo resultado de zero a zero, para o qual contribuíram as más exibições do São João de Ver e da equipa de arbitragem, vinda de Coimbra, chefiada por Fernando Ferreira.

Fernando Araújo/Rádio F

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