Na deslocação à Gafanha da Nazaré, na última jornada da primeira volta do Nacional da IIIª Divisão, o Souropires não conseguiu melhor que um empate. Não foi um bom jogo e a divisão de pontos é um prémio mais do que justo para duas equipas que tinham obrigação de jogar melhor futebol.
Os homens da Gafanha começaram melhor, perante um Souropires bastantes furos abaixo do que já lhe vimos fazer. Tanto assim que os locais podiam ter marcado por duas vezes, por intermédio de Carlos Rui, aos 19 e 21 . O certo é que estes dois lances de perigo eminente para as redes de Valezim pareceram ter acordado os visitantes para a realidade, já que começaram a marcar melhor equilibrando a partida. A equipa do concelho de Pinhel passou também a criar algum perigo na área adversária, até que, à passagem dos 41 , e após perca de bola no meio-campo do Gafanha, Alex, muito oportuno, encaminhou-se para a baliza e centrou atrasado para Oliveira. O avançado só teve que encostar para o fundo da baliza de Maia, que nada conseguiu fazer para evitar o golo do Souropires. A segunda parte não foi muito diferente, continuando a praticar-se mau futebol com os jogadores entretidos a jogar mais para si do que para o conjunto. As equipas permaneceram muito apáticas e as perdas de bola de parte a parte eram consecutivas.
Para desânimo geral, o árbitro também ajudou, apitando por tudo e mais alguma coisa. As substituições foram-se sucedendo, mas o panorama, esse, não mudou. No entanto, era o Souropires que continuava em vantagem. Só que aos 75 o árbitro assistente entendeu que um jogador visitante carregou um adversário dentro da grande área e o juiz da partida, após alguma hesitação, assinalou penalti. Chamado à conversão, Marquito rematou para a direita e enganou Valezim, fazendo a igualdade na partida e repondo a verdade no marcador. Os locais ainda pressionaram em busca da vitória, como lhes competia, mas o Souropires soube resguardar o empate até ao final, conseguindo, apesar de tudo, um resultado positivo. O trio de arbitragem, que viajou de Coimbra, esteve em plano aceitável, pecando apenas por apitar demais e pelo engano na amostragem do cartão vermelho a Hugo Paulo e a Zé Pedro, quando, efectivamente, queria mostrar amarelo. Erros que acabou por rectificar.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo