Ao golear o Gafanha por cinco bolas a zero, no último domingo, o Souropires fechou com chave de ouro a participação no campeonato 2005/06 da IIIª Divisão Nacional. Com 53 pontos, a equipa do concelho de Pinhel terminou isolada num confortável quinto lugar, uma classificação bem melhor que na época transacta.
Pode-se dizer que este ano o número cinco foi talismã para o Souropires. Ficou em quinto lugar, chegou à quinta eliminatória da Taça de Portugal, feito nunca antes alcançado por uma equipa do distrito, e, para finalizar, terminou em grande ao golear na última jornada por cinco bolas a zero o Gafanha. Apesar de não ter realizado uma exibição por aí além, os locais foram a equipa mais coesa e mais objectiva e, logo aos 5’, Hiero abriu o marcador fruto de um canto directo no lado direito. Estava encontrado o caminho para a goleada. O Gafanha denotou falta de ligação entre os sectores e raramente criou perigo junto da baliza de Cláudio, chamado à titularidade neste encontro, o que explica alguma intranquilidade demonstrada nos primeiros lances. A jogar a favor do vento, a equipa da casa empurrou o adversário para terrenos mais recuados e conseguiu o segundo golo à passagem dos 39 , por Camilo, um resultado com que se chegou ao intervalo.
O número 5 continuou a ser talismã para o Souropires, já que Milford, que substituiu Zézinho aos 45’, acabou por aumentar a contagem aos cinco minutos do segundo tempo. Ao sofrer o terceiro golo, o técnico do Gafanha mexeu na equipa, mas as alterações não surtiram o efeito desejado, continuando os locais a mandar na partida. De resto, as coisas complicaram-se ainda mais para os visitantes quando, aos 62 , Nuno Santos e o guarda- redes Cotrim viram a cartolina vermelha por protestos. António Flávio ficou com a vida complicada, dado que já tinha efectuado as substituições, e foi obrigado a recorrer a David para o lugar de guarda-redes. A jogar contra nove, a equipa de Manuel Barbosa refreou os ânimos, dando mesmo a sensação de que não queria aumentar o marcador. Sinal disso foi a entrada de Valezim, guarda-redes titularíssimo, para ponta-de-lança em substituição de Hiero, usando o número 22 e o nome “Alex”. Uma brincadeira de fim de época que não ficou nada mal.
E foi já com Valezim em campo que Milford facturou pela segunda vez, fazendo o 4-0. Mesmo em ritmo de passeio, e já no tempo de compensação, Rogério fixou o resultado final. O trio de arbitragem, vindo de Vila Real, acompanhou os lances de perto e esteve bem, mesmo nos vermelhos exibidos, já que, à distancia em que nos encontrávamos, foi fácil perceber o excesso nos protestos dos dois atletas visitantes.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo