A jogar perante o seu público, o Souropires voltou a não conseguir fazer melhor do que um empate a zero na recepção ao Milheiroense. A equipa da casa criou várias oportunidades, desperdiçando até um penalti, mas nunca conseguiu desfeitear Carlos Felipe.
Não foi um bom jogo aquele a que se assistiu no Campo da Recta e a atender ao que se passou na primeira volta certamente que se esperava um encontro mais emotivo, até porque a posição em que seguem as duas equipas na tabela classificativa assim o deixava entender. O que é certo é que o Milheiroense veio a Souropires com o firme propósito de não perder, jogando com uma defesa e um meio campo muito compactos, o que dificultou a tarefa aos homens de Manuel Barbosa. O técnico refere que todas as equipas que vêm ao Campo da Recta apresentam-se «para defender o resultado» e que, às vezes, como aconteceu neste jogo, o Souropires, apesar de já estar habituado a essas situações, «cai na teia montada pelo adversário» e não consegue ganhar. Os locais dominaram o encontro do princípio ao fim, mas apesar das oportunidades criadas não conseguiu materializar em golos o ascendente exercido sobre o seu opositor, desperdiçando mesmo, por intermédio de Camilo, a transformação de uma grande penalidade ainda no decorrer da primeira parte.
Ao intervalo, a equipa do concelho de Pinhel poderia ter regressado às cabinas com um resultado confortável, mas tal não aconteceu porque os seus avançados foram demasiado perdulários e sobretudo por causa de um guarda-redes que protagonizou uma excelente exibição. No segundo tempo, o Souropires entrou em campo a mandar na partida e, apesar de não realizar uma exibição ao nível da protagonizada na primeira parte, foi sempre a equipa que esteve mais perto do golo. Manuel Barbosa, que não pôde contar com Faneca e Fernando, admitiu que ambas as equipas estiveram longe do valor demonstrado no jogo da primeira volta, mas sublinhou que o Souropires tudo fez para conquistar os três pontos, pelo que o resultado era injusto. Quanto ao trio de arbitragem, vindo do Porto, esteve em bom plano, acompanhando as jogadas de perto e deixando jogar futebol sempre de acordo com as regras disciplinares.
Fernando Araújo/Rádio F
