O Souropires não conseguiu melhor que um empate a zero, no último domingo, na recepção ao Arrifanense, que na época passada foi goleado por seis a um no Campo da Recta. Foi um mau jogo de futebol, pois as duas equipas não souberam, ou não quiseram, contornar o obstáculo que o vento forte colocou aos jogadores.
A equipa do concelho de Pinhel encontrou pela frente um Arrifanense que trazia a lição bem estudada e actuou com a defesa e o meio-campo bem estruturados, conseguindo travar todas as investidas do Souropires que, deste modo, raramente criou perigo junto da baliza adversária. Assim, durante a primeira parte e mesmo jogando a favor do vento, os locais não conseguiram criar jogadas de perigo eminente, já que o sector mais recuado dos visitantes foi destruindo de qualquer maneira os lances de ataque, utilizando um futebol aéreo que dificultou a acção dos homens de Manuel Barbosa. A segunda parte não foi muito diferente, com o Souropires a continuar a ter as rédeas do jogo, mas os seus lances de ataque morriam quase sempre na cabeça dos homens da defensiva contrária. A jogar contra o vento, os locais sentiram ainda mais dificuldades e, sem se perceber muito bem porquê, também caíram no futebol aéreo, facto que beneficia sempre quem defende. Nem as alterações introduzidas pela equipa técnica deram resultados práticos, como aconteceu com a entrada de Fernando para o centro do ataque, talvez para tentar ganhar nas alturas.
O Souropires foi uma sombra de si mesmo, atendendo àquilo que já lhe vimos fazer no decorrer deste campeonato e também nas três eliminatórias para a Taça de Portugal. O resultado final afigura-se-nos assim justo, atendendo ao futebol produzido pelas duas equipas. Quanto ao trio de arbitragem, que viajou de Viseu, esteve em bom plano, tanto no aspecto técnico, como disciplinar.
Fernando Araújo/ Rádio Elmo