A Sopro Radiante, Lda., em período experimental desde março, foi inaugurada no passado sábado, no Alto do Espinhal (Sabugal). Esta ação pretendeu dar a conhecer as suas caldeiras de pellets, que consomem produtos biológicos como a caruma, a serradura e caroços de amêndoa. Esta é, aliás, uma das vantagens apresentadas por António Fernandes, um dos três sócios da empresa.
«O gasóleo é o combustível mais usado e está caro», diz, explicando as diferenças monetárias em causa: «um litro de gasóleo produz uma energia que equivale a 10 quilowatts por hora e custa cerca de 1,35 euros», valor que nas caldeiras é alcançado com «dois quilos de pellets, que têm o custo aproximado de 40 cêntimos». O empresário apresenta ainda como vantagens «a limpeza das matas, que diminui o risco de incêndio», tendo em conta que o material retirado é depois transformado, em máquinas próprias, em cilindros granulados (pellets de madeira). Já em termos de poluição, não estão em jogo os valores dos combustíveis fósseis, uma vez que a menor percentagem de humidade resulta numa menor libertação de gases poluentes.
A escolha da região está ligada ao seu frio caraterístico, sendo que a inauguração nesta altura foi também uma forma de «estar em cima do acontecimento e não deixar passar este inverno». De momento apenas a comercializar caldeiras, espera-se que depois o projeto se possa estender a «salamandras de várias potências», bem como «tudo o que se puder através de energias naturais». António Fernandes salienta que projetos como este evitam «a importação de petróleo, o que não deixa de ser importante para a riqueza do país», ressalvando a importância de ser um produto nacional.
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