A concelhia do PS da Guarda organizou, na tarde do passado sábado, na praia fluvial de Valhelhas um convívio que contou com a presença de cerca de três dezenas de militantes e dirigentes. Estiveram presentes, entre outros, Francisco Assis, Santinho Pacheco, Joaquim Valente e João de Almeida Santos.
Nuno Almeida, presidente da concelhia, explicou tratar-se sobretudo de uma confraternização, mas deixou uma mensagem de «preocupação pelo estado da economia nacional» e de «responsabilidade em relação às propostas que estão em cima da mesa para a resolução destes problemas». E sublinhou que «sabemos qual é o estado das contas públicas e, como tal, não podemos fazer algumas exigências que, embora se considerem justas para a nossa região, sabemos que o país neste momento não está em condições de dar cobro a essas exigências». O dirigente considerou «importante» que o partido «esteja unido numa altura destas», até porque o próximo ano vai ser «politicamente “muito quente”». Sobre a adesão dos militantes, Nuno Almeida reconhece que numa concelhia com a dimensão da da Guarda, «poderia cá estar muito mais gente», mas, ainda assim, mostrou-se satisfeito com a adesão registada, «até porque é a primeira vez que se faz uma iniciativa destas».
Já Francisco Assis, líder parlamentar do PS na Assembleia da República e deputado eleito pelo círculo da Guarda, quis deixar uma mensagem «de apelo ao sentido de responsabilidade de todos nós num momento difícil da nossa vida nacional, mas também de confiança». Assim, «nós já vivemos ao longo da nossa história momentos difíceis e fomos sempre capazes de os superar. O país tem as capacidades e as energias suficientes para enfrentar estas dificuldades e é nessa linha que nos situamos», realçou, salientando a importância da aprovação do Orçamento do Estado. Questionado pelos jornalistas sobre a introdução de portagens nas SCUT, Francisco Assis justificou a «alteração em relação à nossa posição inicial» com o facto do PSD ter colocado «em cima da mesa o princípio da universalidade». Não obstante, garante ter havido «uma preocupação em introduzir algum princípio de discriminação positiva em relação aos municípios e isto vai perdurar no tempo em relação aos municípios das zonas menos desenvolvidas, como infelizmente ainda é o caso aqui do distrito».
Ricardo Cordeiro