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Sob o lema “Palavra de Honra”

No seu programa de candidatura, sob o lema “Palavra de Honra”, Joaquim Valente apresentou em 2009 as grandes linhas de orientação para os próximos quatro anos na autarquia da Guarda. Assumiu compromissos de trabalho, mas ficam muitas dúvidas quanto à execução em todos os vetores, mas especialmente no primeiro, virado para uma estratégia de crescimento e desenvolvimento. Neste documento, o sr. presidente assumiu levar a cabo o processo de requalificação da Linha da Beira Baixa até à Guarda, cujo projeto já se encontrava em fase de conclusão, até agora NADA. Ah! na verdade vai sempre dizer que a culpa é do atual governo, que, não sendo já socialista, não deu prioridade, por causa da crise, a esta obra; Assumiu ainda para com todos os guardenses promover a criação de incentivos à fixação no concelho de empresas – quais incentivos? De que estava a falar nessa altura? Nada foi feito, não conhecemos empresas novas no concelho que tenham criado emprego, pior é a inércia de toda a equipa do executivo no trabalho desta estratégia, melhor dizendo, desta falta de estratégia para o crescimento e desenvolvimento da Guarda.

Mas, o que dizer dos compromissos ligados às intervenções necessárias no Mercado Municipal. Será que existia um levantamento prévio destas necessidades ou então estava-se à espera do “elefante branco” que iria dar cobertura a toda esta zona, com mais uma conivência dos interesses do anterior governo socialista que tanto “auxiliou” os amigos da Guarda? Nada, está tudo na mesma, os mesmos problemas, as mesmas dificuldades a mesma atitude de abandono para com a Guarda, são já estas as atitudes de um autarca cansado e exausto por nada fazer. Mas, sr. presidente, ainda está ao seu alcance, dada a “avultada” equipa do executivo, poder criar o Conselho Municipal para o Desenvolvimento, Investimento e Qualificação de Recursos, um dos compromissos que fez à Guarda durante a sua campanha para o vetor da economia e crescimento. Para tal, bastará dignificar os espaços públicos já existentes e que apenas existem se forem dinamizados com o objetivo de melhorar o bem-estar e salubridade geral… Custará isto muito dinheiro, sr. presidente?

Está ainda a cultura, que eu prefiro antes, o turismo cultural, que na Guarda foi a única área que se desenvolveu, embora todos sabemos que a muito custo, ficando a dever-se muito à ação do TMG e só; pois o que podemos chamar ao anunciado (In, Congresso Internacional da Cultura Sefardista, que teve lugar na Guarda) turismo cultural sefardita, dignificando o património cultural edificado através da Judiaria e do centro histórico!

Pergunto à Guarda, quem poderá acreditar em alguém que abusou, pelo tempo, deste tipo de argumentos desvalorizando tanto a inteligência dos eleitores? Não pode ser apenas com a máquina partidária instalada em volta do emprego gerado pela Câmara, nem com o populismo, porque até esse é para quem o sabe usar. Assim, com esta falta de palavra de honra, Valente não será certamente candidato a presidente…

Por outro lado, o PSD, deve deixar as guerras internas e unir-se, pois parece-me que a recente eleição do atual presidente da Comissão Política Concelhia foi tudo menos simpática, enfim o costume! Depois da lista única, da obra de luta do presidente da Distrital, ficam os que, silenciados no ato, vêm agora fazer afirmações pouco abonatórias deixando risadas para mesas de café, que para além do mal dizer, não deixam escapar nenhuma ideia válida. Estes “opinion makers” domingueiros precisam de ler “Uma campanha alegre”, do Eça.

Há muito a fazer, claro, pela imagem da cidade. No terreno concreto e depois na divulgação, a Guarda precisa de alguém que acerte no Futuro.

Por: Cláudia Teixeira

* deputada eleita pelo CDS-PP na Assembleia Municipal da Guarda

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