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SIC está na Guarda há 10 anos

Madalena Ferreira e Filipe Barbosa fazem há dez anos parte da equipa SIC na Guarda, como correspondentes. Durante a sua juventude Madalena Ferreira sonhava ser advogada, mas «uma sucessão de acasos felizes», como a própria descreve, levaram-na a envergar pelo caminho do jornalismo. Até chegar ao primeiro canal privado português, Madalena Ferreira passou pela rádio Altitude, onde entrou com 17 anos, e teve ainda colaborações «mais fugazes» com o Diário de Notícias e com o jornal 24 horas. Foi em Outubro de 2007, com 36 anos, que surge o convite para a abraçar esta nova aventura que era a televisão, «uma estreia absoluta», conta. É nesta altura que se junta a Filipe Barbosa, técnico audiovisual de formação. Filipe já tinha experiência na área de repórter e de editor – trabalhou em Coimbra e Aveiro, sempre ligado à área – e faltava-lhe «juntar a imagem à edição e a valência de correspondente nacional». A SIC deu-lhe essa oportunidade e nessa altura muda-se para a Guarda.

A jornalista descreve estes dez anos como um período de «aprendizagem contínua e, devo dizer, muito saborosa porque fomos evoluindo ao ponto do nosso trabalho não se esgotar no inestimável trabalho diário de correspondente». Também o repórter de imagem faz «um balanço muito positivo da última década», a evolução faz parte do percurso dos dois profissionais e prova disso é que «conseguimos duplicar o número de reportagens nos últimos cinco anos», refere Filipe. Há muito que a agenda da região deixou de estar sozinha nos trabalhos realizados pelos dois repórteres da Guarda, Madalena de microfone na mão e Filipe de câmara em riste fizeram no último ano cinco trabalhos apara a “Reportagem Especial”. Segundo Madalena, «a SIC tem sido Grande ao deixar que uma pequena equipa no interior remoto do país, possa entrar em patamares informativos mais ousados». «Tem sido muito enriquecedor», acrescenta. Este tipo trabalhos de maior projecção faz com que a Guarda «sinta a SIC como a sua televisão, no sentido em que põe a região no mapa», assegura.

O poema de Ricardo Reis “Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes” têm inspirado «quase sempre» o trabalho da jornalista que tem alguma dificuldade escolher um trabalho que a tenha marcado nos últimos dez anos, mas Madalena recordou o mais recente “Filhos do divórcio”, apresentado em Abril passado onde «abordámos o tema por intermédio de várias gerações e ainda abrimos caminho à sensibilização para a alienação parental que é um flagelo da moda». Também a fuga de Pedro Dias, embora considere que «os crimes de Aguiar da Beira foram brutais, mas do ponto de vista informativo acabou por ser muito envolvente». Na altura estiveram durante os 28 dias de fuga nos distritos de Aveiro e Vila Real e mais tarde na Guarda para o primeiro interrogatório judicial. Também para Filipe Barbosa as grandes reportagens têm sido «um bom desafio. Destaca “Quando eu for grande”, pois «foi marcante e aprendi muita coisa, mesmo para a sociedade foi importante». Um trabalho onde juntaram três cientistas da Guarda com alunos em início de vida académica à procura de heróis e referências.

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