A aldeia da Malta, no concelho de Pinhel, vai ser palco, no domingo, do primeiro Intermaltas, um encontro que pretende aproximar terras de diferentes pontos do país mas que têm em comum o nome. Esta iniciativa, organizada no âmbito das comemorações do 25º aniversário da Associação Recreativa, Desportiva, Cultural e Social da Malta, contempla várias actividades lúdicas, bem como uma conferência sobre a “Fundação e Evolução da Ordem Soberana de Malta”.
Ao todo, está prevista a representação de cinco Maltas no Iº Intermaltas – As Maltas de Portugal encontram-se na Malta. Trata-se da aldeia anfitriã, a freguesia de Malta (Vila do Conde), Mogo de Malta (Carrazeda de Ansiães), Malta, anexa da freguesia de Olmos (Macedo de Cavaleiros) e Casal de Malta (Marinha Grande). São esperados cerca de três dezenas de participantes, a que se juntará a população da aldeia situada mesmo às portas da cidade de Pinhel. Carlos Gonçalves, presidente da ARDCS da Malta, recorda terem descoberto que havia mais aldeias no país com o nome da sua e acharam «engraçado avançar com esta iniciativa nas comemorações do 25º aniversário da nossa associação». Tudo para tentar estabelecer um contacto mais próximo entre as várias Maltas e «perceber qual a origem do nome de Malta», realça. Nesse sentido, e porque se pensa que «a maioria tem como origem a Ordem Soberana de Malta», terá especial importância a conferência “Fundação e Evolução da Ordem Soberana de Malta”, com coordenação e apresentação da professora Sónia Cunha.
No caso concreto da aldeia pinhelense pouco se sabe quanto à origem da sua designação, a não ser que ali viveu, no início do século XIX, um cavaleiro daquela Ordem, o que poderá explicar o actual nome. A recepção dos convidados está agendada para as 10 horas, seguindo-se a sua apresentação. Antes do almoço-convívio no Lagar de Azeite do Bogalhal, terá lugar a conferência. A tarde fica reservada para a música e teatro, com a actuação do Rancho Folclórico Infantil do Clube Desportivo Estrelas de Pinhel e peça de teatro amador «organizada e pensada pelas gentes da Malta», adianta Carlos Gonçalves. A tarde termina com o Rancho Folclórico de Souropires. Fundada há 25 anos, a Associação Recreativa, Desportiva, Cultural e Social da Malta conta actualmente com cerca de 300 associados e, segundo o seu presidente, a actual direcção tem apostado nalguns «projectos inovadores» para a aldeia. São disso exemplos a criação de uma comunidade “wireless”, que possibilita aos habitantes o acesso à Internet sem fios, bem como o funcionamento do Centro de Dia e do espaço para crianças. Na calha está a abertura do Maltatv.net, um canal de televisão próprio. Apesar de ainda não ser sede de freguesia, o que é reclamado há muito pelos seus moradores, a Malta assume-se como uma das mais ricas e dinâmicas localidades do concelho, com vários estabelecimento comerciais e pequenas unidades industriais. Contudo, a actividade principal dos seus habitantes é a extracção de granito, rocha que existe em grande quantidade na região.
Ricardo Cordeiro