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Sequin: o aperitivo indispensável à festa

Opinião – Ovo de Colombo

Sequin (lê-se “si-cuin”) é o projecto a solo de Ana Miró. Electro pop dançável com oscilações naïve e sintetizadores a pulsar ritmos aconchegantes. Fechamos os olhos e deixamos que o corpo desenhe a coreografia. Sem medos.

Quando “Beijing”, o single de estreia, começou a tocar na rádio (o single foi lançado em Maio de 2013), surge a conclusão precipitada: “Isto é bom. Deve ser estrangeiro”. Mania antiga, essa, de pensar que projectos na onda da electrónica só são bons, se vierem de fora. Errado. Em Portugal, cada vez mais se prova o contrário. E pegando num exemplo que dá jeito… Moullinex. Que, por acaso, foi quem produziu e misturou o álbum “Penelope”. O primeiro longa-duração, saído do forno criativo de Sequin, em Abril deste ano, tem edição pela Lovers & Lollypops e é um aperitivo indispensável numa festa que não renuncia à dança.

Para além de “Beijing”, encontramos “Meth Monster”, “Heart to Feed”, “Flamingo” (uma das mais dançáveis), “Naïve” e mais umas quantas boas “malhas”, a perfazer um total de dez canções. São cerca de 38 minutos para degustar auditivamente. Ana Miró, jovem de 25 anos, já não é novata na música. Conhecemos a sua voz em alguns temas de Jibóia, Heats, entre outros projectos. Agora, em nome próprio, os teclados são só dela.

Os concertos de apresentação do álbum estão aí e vai ser possível ver, ouvir e dançar ao som de Sequin também em vários festivais de Verão deste ano. É estar atento e fazer a festa.

Por: Fernanda Fernandes*

*Mestranda em Comunicação e Jornalismo na Universidade de Coimbra

**A autora optou por não escrever ao abrigo do novo acordo ortográfico

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