O setor público português vive acima das suas possibilidades. E isto acontece desde o 25 de abril.
É um contrassenso, mas infelizmente a realidade: a liberdade política foi acompanhada pela ditadura financeira. O país não revelou qualquer capacidade para viver de acordo com a sua produção. Confundiu liberdade com consumismo, algo tão apreciado nos Estados Unidos da América.
Para manter o ideal americano, os governos portugueses oneram todas as operações económicas e financeiras com impostos. E fazem-no em total desrespeito pelo povo. É uma vergonha.
Constroem autoestradas sem custos para o utilizador e fazem leis que penhoram salários e viaturas a quem não liquidou no prazo regulamentar as portagens entretanto criadas. Aumentam os impostos sobre os combustíveis, os impostos de circulação e os parqueamentos em cidades.
No património imobiliário mostram-se incapazes de encontrar uma solução para as 400.000 casas abandonadas, mas criam impostos para aquelas que têm boa exposição solar.
Não há crescimento económico sem investimento. E sem estabilidade fiscal não haverá investimento. Simples, Sr. Taxinhas.
Por: Frederico Lucas