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Senado da UBI aprova curso de Ciências Biomédicas

Nova licenciatura na área da saúde conjuga medicina, física e engenharias e é vocacionada para os equipamentos terapêuticos e de diagnóstico

Empenhada em continuar a aposta na área da saúde, o Senado da Universidade da Beira Interior (UBI) aprovou na semana passada a criação do curso de Ciências Biomédicas, um curso vocacionado essencialmente para a investigação e desenvolvimento de equipamentos terapêuticos e de diagnóstico. O novo curso da UBI foi o único a ser proposto no órgão máximo da instituição e deverá arrancar já no próximo ano lectivo, sendo que o registo da licenciatura já foi requerido à Direcção-Geral de Ensino Superior.

Trata-se de um curso «único» no país ao conjugar as áreas de medicina, física e de engenharias, permitindo assim a formação de profissionais em «dois ciclos de especializações»: uma em biomédica destinada à investigação e, a outra, centrada nas funções de suporte, manutenção e «desenvolvimento de equipamentos terapêuticos e de diagnóstico», salienta João Queiróz, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde.

«É uma área de futuro», frisa, apontando os inúmeros postos de trabalho que criará para um acompanhamento permanente destes equipamentos, que estão em constante evolução tecnológica. Se esta vertente do curso de Ciências Biomédicas é inovadora em Portugal, o panorama internacional também não é muito melhor, tendo em conta que só há pouco tempo se começou a dar passos nessa área, sendo assim o curso da UBI mais um contributo para desenvolver esta vertente.

Apesar de ainda não ter sido aprovado pelo Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior (MCIES), João Queiróz mantém-se esperançado no funcionamento da nova licenciatura «no próximo ano», até porque vai ao encontro da «Resolução do Conselho de Ministros 140/98 que prevê a abertura de novos cursos na área na Faculdade de Ciências da Saúde» que mantém há quatro anos apenas a licenciatura em medicina. Além de ser encarada pelo governo como uma «área prioritária» para o desenvolvimento do país, o curso de Ciências Biomédicas já possui as instalações e os recursos humanos necessários, sendo que irá funcionar no pólo I da UBI. É lá que estão os laboratórios de física e está na mesma área do pólo das engenharias.

O número de vagas será ainda negociado com o MCIES, sendo que está dependente do encerramento de alguns cursos com menos procura na instituição, como é o caso de Engenharia da Produção e Gestão Industrial (EPGI), que captou apenas um aluno no último concurso de acesso ao ensino superior depois de ter estado sem vagas durante um ano, e de Matemática Aplicada (Estatística e Computação) que não cativou alunos desde que foi criada em 2002.

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