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Seis perguntas aos candidatos: Belmonte, Fundão e Penamacor

Ana Paula Pires, candidata da CDU à Câmara de Penamacor

1- O concelho apresenta um quadro social complexo, com atrasos estruturais em áreas fundamentais, o que tem levado ao abandono das freguesias por parte dos mais novos. Em resultado das políticas económicas e sociais desastrosas dos últimos governos, o concelho está deprimido económica e socialmente, marginalizado pelo poder central e, por isso, cada vez mais afastado tanto dos outros concelhos do distrito como das regiões do litoral. Existe um grande número de pensionistas com baixas pensões. A agricultura não se modernizou e nem mesmo a tradicional tem sido apoiada. Os equipamentos sociais são insuficientes e o desemprego real e estrutural continua a aumentar. Por tudo isto, as políticas sociais num concelho como o nosso necessitam de um carácter estratégico para o seu desenvolvimento económico e social.

2-O desenvolvimento do concelho deverá assentar na valorização dos recursos humanos e ter como objectivos estratégicos a melhoria das acessibilidades, dos transportes que servem a região – sobretudo dos escolares – , diversificar e desenvolver a indústria e as actividades económicas, valorizando o Parque Industrial de Penamacor. É preciso defender a agricultura, modernizar o comércio e os serviços, promover o turismo e recuperar o antigo Quartel, para que se possa tornar na sala de visitas do concelho.

3- Para concretizar o desenvolvimento é indispensável ir para além do pequeno espaço do concelho. É necessário ter uma visão de conjunto que passa, inevitavelmente, pelos concelhos limítrofes e pelo eixo Guarda – Belmonte – Covilhã – Fundão – Castelo Branco, assim como pela Comunidade Espanhola da Extremadura. É essencial lutar para travar o envelhecimento da nossa população e a continuada desertificação do concelho e potenciar a diversificação das actividades económicas, que permitem a criação de postos de trabalho. É importante, por outro lado, superar as carências em infraestruturas e assegurar medidas no plano social, industrial, agrícola, comercial, ambiental e educacional. É também essencial fazer protocolos com as Juntas de Freguesia, onde ficarão estabelecidos o tipo de transferência de competências e respectivas verbas. Deste modo, chegar-se-á mais rapidamente à resolução dos problemas das pessoas.

4- O trabalho, honestidade e competência que distingue a CDU das outras forças políticas nas autarquias é um facto reconhecido por todos. Trabalhamos num colectivo de pessoas que está no terreno com as populações e que escuta os seus problemas e anseios. Não baixamos os braços e lutamos pelos direitos dos cidadãos. Não nos “lembramos” dos eleitores só quando há eleições.

5- Acreditamos que se houver mulheres e homens eleitos nos órgãos autárquicos podemos fazer um melhor trabalho na defesa dos interesses e direitos do concelho de Penamacor na Câmara, na Assembleia Municipal ou na Assembleia de Freguesia de Águas. Se assim não acontecer, o povo de Penamacor sabe que vai poder continuar a contar com os deputados nacionais da CDU na Assembleia da República.

6- As eleições não constituem situações onde se perca ou se ganhe algo. Para nós não se trata uma situação de competição. E isto tem acontecido com as forças políticas que têm comandado os destinos de Penamacor. Connosco, nos órgãos autárquicos, em maioria ou em minoria, o concelho ganha se tiver homens e mulheres competentes e com provas dadas de trabalho e honestidade na vida de todos os dias e prontos para lutar pelo desenvolvimento de Penamacor.

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