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Seguro apadrinhou candidaturas em Belmonte e Covilhã

Líder do PS garantiu que Dias Rocha e Vítor Pereira são os «mais bem preparados» para liderar os destinos dos concelhos em que se candidatam

O que têm em comum Dias Rocha e Vítor Pereira, além de serem, respetivamente, os candidatos do PS às Câmaras de Belmonte e da Covilhã nas autárquicas de 29 de setembro? São ambos homens «competentes, experientes e dedicados». Esta foi a opinião deixada pelo secretário-geral do PS no último sábado nas apresentações oficiais daquelas duas candidaturas.

Primeiro, em Belmonte, António José Seguro disse-se agradado por «estar de volta à nossa região» e, dirigindo-se à vasta plateia presente no almoço de apresentação da candidatura socialista, defendeu que «o vosso futuro tem um nome: António Dias Rocha», elogiando a «dedicação» e o «amor à terra» do candidato. O líder socialista considerou o antigo presidente do município um homem «experiente, competente, sensível e dedicado», sustentando que «o que é necessário fazer por esta terra é criar oportunidades de emprego». De resto, sustentou que Belmonte «é uma terra de oportunidades, mas que precisam de ser mostradas ao mundo». Seguro garantiu apoio a Dias Rocha «não só até 29 de setembro, mas também durante todo o seu mandato». Por sua vez, o candidato sublinhou que se apresenta «não como homem isolado», mas como «rosto de uma vasta equipa empenhada na mudança, crente de que é possível fazer mais».

Dias Rocha auto-intitulou-se «um homem de garra, projetos e ação» e que, «ao contrário de outros», já deu provas de ter um «percurso de vida como homem e político». O médico considerou «inaceitável abandonar» aquele que era o «grande trunfo do poder local» [as Juntas de Freguesia] e condenou a «injustiça cometida pelo Governo contra a população» do Colmeal da Torre. Nesse sentido, prometeu que tudo fará para que a localidade «possa ter de novo a sua freguesia independente e autónoma». O candidato defendeu que «muito foi feito, mas há muito por fazer» e que «é preciso revitalizar o concelho», exemplificando que, a nível do turismo, «é preciso internacionalizar a marca Belmonte» de modo a tornar o concelho «cada vez mais conhecido e reconhecido».

Candidatura de Vítor Pereira é a «única capaz de protagonizar uma mudança»

À tarde, mudou o concelho, mas o discurso do secretário-geral do PS manteve-se semelhante: «É pelo futuro da Covilhã que aqui estamos e o futuro da Covilhã passa por Vítor Pereira. Tu lideras um projeto do qual nos orgulhamos. És um homem integro, humilde, competente, experiente e dedicado», considerou Seguro. Caraterísticas que, para o líder socialista, fazem do candidato «o mais bem preparado para liderar os destinos da cidade», sustentando que a Covilhã «merece um presidente com visão, ambição e ideias». O candidato mostrou-se convicto de que a sua candidatura «vai permitir uma verdadeira mudança no concelho» que «precisa de se adaptar às novas realidades com tranquilidade». Às centenas de pessoas que afluíram ao GIR do Rodrigo para o ver discursar, Vítor Pereira garantiu que «o dinheiro fácil, os orçamentos por cumprir e o populismo demagógico são soluções do passado que connosco estarão afastadas da Covilhã». O advogado falou no elevado montante da dívida da autarquia e frisou que «se nada for feito, as consequências serão severas para todos os covilhanenses no futuro». Durante o seu discurso, o candidato utilizou diversas vezes a expressão «herdeiros do poder» que, em sua opinião, são «responsáveis pela maior campanha de desunião política de que há memória na história democrática do concelho». Ainda assim, Vítor Pereira reconheceu que «nem tudo está mal», sustentando que o PS é o «único partido que dispõe de força, capacidade transformadora e coesão interna» e também a «única alternativa segura capaz de protagonizar uma mudança». Entre as diversas propostas apresentadas para «construir o futuro da Covilhã», o candidato realçou a necessidade de se «apurar o montante da dívida do município e os encargos associados», bem como de se «gerir os recursos humanos da autarquia com responsabilização e dignidade», garantindo aos presentes não contarem consigo para «perseguir trabalhadores com base na cor da camisola».

Seguro quer rever lei de reorganização do território

Na Covilhã, o secretário-geral socialista garantiu que «se for primeiro-ministro, como espero, quero garantir-vos que vou rever a lei de reorganização do território». António José Seguro reconheceu que «é preciso reorganizar», mas uma coisa é reorganizar a régua e a esquadro, sem conhecer o país, em particular o interior» e outra é «ouvir as populações, ouvindo os seus representantes, que são os presidentes das suas Juntas de Freguesia e que são os seus presidentes de Câmara». Isto, «porque só quem não conhece o interior do nosso país, é que pode encerrar freguesias com base no número de pessoas que lá vivem», reforçou. De resto, o líder socialista afirmou que o interior «é uma oportunidade, se houver políticas públicas que ajudem a criar condições para que a inteligência, o trabalho e a dedicação» possam ser «colocados à disposição desta terra e desta gente».

De manhã, em Belmonte, Seguro anunciou que o PS vai apresentar, em breve, uma proposta para que o Estado faça a atualização dos valores das casas para baixar o IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis. A revisão do valor dos imóveis, de acordo com os valores de mercado, iria diminuir o imposto e «melhorar um pouco que seja a vida dos portugueses», salientou o secretário-geral socialista.

Ricardo Cordeiro António José Seguro sustentou que a Covilhã «merece um presidente com visão, ambição e ideias»

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