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Sabugal investe em projeto de teleassistência

Nos “Censos Sénior 2016”, a GNR identificou 580 idosos a viverem sozinhos e isolados no concelho raiano, mais 236 que no ano anterior

Com o objetivo de criar uma proximidade assistencial junto de pessoas que vivem sós e isoladas, o município do Sabugal, a GNR e a Agência de Desenvolvimento para a Sociedade da Informação e do Conhecimento (ADSI) estão a ultimar o projeto “Teleassistência – Pessoas idosas e/ou vulneráveis que residem sós e isoladas”.

A ideia é constituir um apoio direto e inovador que permita melhorar a qualidade de vida dos idosos e/ou de pessoas vulneráveis, que residem sós e isoladas, contribuindo assim para o seu bem-estar, saúde, segurança e autoestima. Segundo a vice-presidente da autarquia sabugalense, «já tínhamos idealizado este sistema de teleassistência, claro que depois sentimos que não reuníamos as condições necessárias para avançar sozinhos e foi por isso que só agora, com a tomada de iniciativa da GNR, aceitámos esta proposta». Para Delfina Leal, a Guarda Nacional Republicana funciona como um «grande apoio» em todo o processo, pois «faz, anualmente, o levantamento do número de idosos sós e isolados a nível distrital». Além disso, «a GNR tem um sistema de monitorização de todos os dados que funciona 24 horas por dia, portanto estão preparados para agir porque têm toda a informação respeitante aos idosos, bem como a sua georreferenciação, e é claro que isso também nos faz ter mais confiança neste projeto», acrescentou a autarca.

O equipamento consiste num telemóvel e num dispositivo que o idoso terá sempre consigo. Caso se sinta nalguma situação de perigo, bastar-lhe-á tocar no dispositivo para acionar imediatamente o alarme na central da GNR. «Imagine, o idoso caiu. O aparelho, com o qual andará sempre, deteta a queda e aciona o número a que está ligado, que é o da GNR. Como está tudo devidamente georreferenciado, eles conseguem saber quem é o idoso e onde se encontra», adiantou a vice-presidente da Câmara do Sabugal. Mas o sistema tem outras vantagens. Delfina Leal acrescenta que, caso haja alguma emergência, a GNR destaca a patrulha mais próxima para o local, «algo que seria impensável, ou pelo menos mais moroso, se o serviço de teleassistência estivesse noutro ponto do país». Quanto à data de lançamento do projeto, a vice-presidente garante que poderá arrancar «antes do verão, ao que tudo indica».

Numa primeira fase, e tendo por base os dados da operação “Censos Sénior 2016”, a autarquia prevê abranger 31 idosos, que vivem todos sós e isolados. Porém, este número não é definitivo. Delfina Leal revela que a autarquia vai realizar um estudo, no terreno, para «verificar quem são efetivamente estes idosos e se reúnem as condições necessárias para beneficiar do serviço». Relativamente aos gastos com os equipamentos e com as telecomunicações, a vice-presidente explica que ainda não há um valor calculado, mas sim indicadores de quanto pode custar o serviço por idoso. «O que está, à partida, negociado é um custo de oito euros mensais por idoso. Este valor é correspondente ao serviço, mas há um acréscimo de cerca de dois euros por idoso no que respeita às telecomunicações», indicou a autarca, acrescentando que os custos do serviço serão suportados, na totalidade, pelo município raiano.

Sara Guterres Equipamento consistirá num telemóvel e num dispositivo (na imagem) que o idoso terá sempre consigo

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