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RTSE quer criar centros lúdicos nas Penhas da Saúde e no Sabugueiro

Bares, discotecas, restaurantes e lojas estão projectados para o maciço central para animar turistas

«Este é um dos projectos mais viáveis que alguma vez foi feito na serra». Jorge Patrão, presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela, não tem dúvidas quanto ao sucesso dos centros lúdicos que a RTSE quer criar nas Penhas da Saúde e no Sabugueiro, a aldeia mais alta de Portugal. No primeiro caso, o projecto até já se encontra a ser desenvolvido pela Turistrela, empresa responsável pela recente instalação de pistas de esqui na Torre e concessionária das actividades turísticas na Serra da Estrela. Criar um espaço de “aprés-ski” para os turistas poderem divertir-se depois de passarem um dia na neve é o grande objectivo a atingir.

Entre as estruturas previstas, os centros lúdicos deverão albergar bares, discotecas, restaurantes, cinemas, lojas, casas de montanha, entre outros atractivos. Jorge Patrão quer assim «um centro de “movida” em altitude na Serra da Estrela com espaços significativos e capazes de fornecer atractivos ao “aprés-ski”», sublinha, realçando que «actualmente, as pessoas que passam o dia a fazer esqui não dispõem à noite de locais de diversão». Uma situação que vai mudar a médio prazo, já que a «lacuna» da diversão poderá começar a ser colmatada já na próxima época de Inverno, ajudando a «captar mais visitantes». De resto, a criação de um espaço de diversão nocturna para os turistas é considerado «um factor tão importante como a própria neve para cimentar a marca de qualidade Serra da Estrela», assevera. Mas Patrão vai ainda mais longe ao considerar que depois da construção das pistas na Torre, os centros lúdicos das Penhas da Saúde e do Sabugueiro serão as «últimas estruturas» que é necessário construir na Serra, assegura. Nas Penhas da Saúde, local do primeiro centro, esta possibilidade já está inclusive a ser projectada de acordo com o Plano de Pormenor para a aldeia, numa parceria com a Turistrela.

Atrair diariamente perto de mil pessoas para a zona lúdica é um dos objectivos do projecto, que deverá ter zonas de alojamento à volta de uma praça, desenhada para acolher espaços de artesanato, bares, discotecas, restaurantes típicos, pequenos cinemas, entre outras estruturas, como casas de montanha, explica o presidente da RTSE. Do mesmo modo, a imagem projectada de cerca de mil pessoas reunidas no mesmo local a conviver será «suficientemente atractiva para que todo o país o queira vir conhecer», espera. Estes dois centros temáticos de diversão possibilitarão outros atractivos para quem queira visitar a Serra da Estrela, até mesmo no Verão, pois permitirão uma «animação diferente», própria das aldeias de montanha. Por enquanto, ainda «é cedo» para adiantar alguma data prevista para o início dos trabalhos, sendo também «prematuro» falar nos montantes envolvidos num projecto que «eventualmente poderá ser candidatado ao SIVTUR [Sistema Integrado de Viagens e Turismo]», adianta Patrão. Entretanto, a Covilhã recebeu no último sábado um encontro nacional dos directores e responsáveis pelas 42 agências portuguesas da “Halcón Viajar”. Esta foi a terceira acção alusiva à marca Serra da Estrela desenvolvida por grandes operadores do sector, depois das apresentações da brochura de Inverno pela ANDALTOUR e da revista de Inverno da Abreu.

Ricardo Cordeiro

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