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Rota do Noéme

Organizada pela Liga de Solidariedade Social e Melhoramentos “Os Amigos de Albardo” a II Rota do Noéme reuniu algumas dezenas de amantes do todo-o-terreno no passado fim de semana.

Vinte e seis equipas reuniram-se nas Piscinas Municipais da Guarda de onde lhes foi dada partida para o passeio nocturno de sábado. Diversão e algumas brincadeiras (com os “jeep’s mais equipados a abalançarem-se para a prática de “trial”) deram o mote para a abertura desta segunda Rota do Noéme. Seria, no entanto, o domingo a ficar reservado para a grande jornada. Bem cedo os veículos saíram da Guarda à procura dos trilhos mais agressivos e onde a adrenalina se dispara. Depois do Barracão os “jeep’s” abandonaram o asfalto para irromperem pela tranquilidade da natureza subindo até à Serra da Borja. Por trilhos desconhecidos, e muito entusiasmantes para os apaixonados do todo-o-terreno, o grupo atravessou a serra e observou uma das mais belas paisagens da região. Ao fundo vislumbrava-se a auto-estrada da Beira Interior, mas esse toque de civilização não impedia os participantes de desfrutarem com toda a natureza que os envolvia. Alguns comentavam mesmo «parece que estamos no Douro», pelas parecenças entre a encosta por onde se conduzia e a paisagem Património Mundial do Alto Douro Vinhateiro.

A aldeia de Benespera foi a primeira paragem para um café retemperador. Para a etapa seguinte era preciso alguma destreza e muita resistência de máquinas e homens. Depois de atravessar Aldeia Nova, Ramela e todo o vale que agora atravessa a A23 o grupo seguiu pela encosta de Balsemão, com os velhos e abandonados caminhos em terra batida que levariam o grupo até João Antão. Para trás ficava o mais triste da Rota: alguns quilómetros pelo meio de mato ardido. Na verdade, o negro de grande parte destas encostas foi o mais desagradável de todo o percurso. Depois, pelo meio de pinhais em grande velocidade, seguiu-se para Vila Fernando.

A barriga pedia alimento. O desgaste merecia repouso. A caravana seguiu para Albardo onde a população, em festa, esperava o grupo. Com a colaboração do Clube de Montanhismo da Guarda houve então tempo para alguma actividade radical. Mas seria o almoço a reunir toda a população em amena cavaqueira com os participantes da rota.

À tarde o todo-o-terreno fez-se pelos trilhos de Carpinteiro, Pessolta, Torre e João Bragal. Na Arrifana um outro olhar sobre a ruralidade na visita ao Museu da localidade. A jornada aproximava-se do fim. O último percurso incluía trilhos por Carapito, Quinta da Maunça e Menoita. Houve ainda tempo para ver avestruzes e visitar Pousade. No final a fadiga não impediu que a boa disposição estivesse presente em todo o grupo. “Os Amigos de Albardo” voltaram a conseguir que esta pequena aldeia ficasse registada no álbum de recordações dos participantes.

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