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Riqueza produzida na Beira Interior e Serra da Estrela continua abaixo da média nacional

Em contrapartida, a Grande Lisboa foi superior em 69 por cento entre 1995/2001

A riqueza média produzida por habitante na Grande Lisboa foi cerca de 69 por cento superior à média nacional no período entre 1995 e 2001, revelou segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). As Contas Regionais 1995/2001 indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante foi também superior à média nacional naquele período no Algarve, Madeira, Alentejo Litoral e Grande Porto.

Em contrapartida, a riqueza produzida por habitante era de menos de 75 por cento da média em Portugal nas regiões estatísticas Tâmega, Serra da Estrela, Pinhal Interior Norte, Alto Trás-os-Montes, Dão-Lafões, Douro, Minho-Lima, Pinhal Interior Sul, Beira Interior Norte, Baixo Alentejo, Cova da Beira e Alto Alentejo. A Grande Lisboa, Grande Porto e Península de Setúbal concentravam 37,5 por cento da população, 41,1 por cento do emprego total, 43,7 por cento do emprego remunerado e mais de metade (50,6 por cento) do PIB português em média no período 1995/2001. Estas três regiões e as do Ave, Algarve, Baixo Vouga, Baixo Mondego, Oeste, Cávado e Tâmega reuniam 65,7 por cento da população total, 70,6 por cento do emprego remunerado e 73,1 por cento do PIB no período em análise. A Grande Lisboa encabeça também no indicador de produtividade (medida pelo produto por trabalhador), com um valor 37 por cento superior à média nacional, seguindo-se o Alentejo Litoral (27 por cento acima da média do país). Acima da produtividade média portuguesa encontram-se, também a Península de Setúbal, Lezíria do Tejo, Grande Porto, Algarve e Madeira.

Por regiões estatísticas NUTS II, o PIB por habitante era 32 vezes superior à media em Lisboa e Vale do Tejo (a produtividade 25 por cento) e estava 4 por cento acima da média na Madeira (mais 1 por cento na produtividade). O PIB por habitante foi no período 1995/2001 igual à média do país no Algarve, mas a produtividade nesta região foi 2 por cento superior. Abaixo da média no PIB por habitante ficaram os Açores (menos 24 por cento), o Centro (menos 19 por cento) e o Norte e Alentejo (menos 18 por cento). Quanto à produtividade, os Açores ficaram 20 por cento abaixo da média portuguesa no período referido, o Centro 17 por cento, o Alentejo 16 por cento e o Norte 15 por cento. Contudo, dentro de cada uma das grandes regiões estatísticas verificavam-se disparidades significativas nas subregiões, com destaque para Lisboa e Vale do Tejo, onde a diferença entre a Grande Lisboa e o Oeste atingiu 37,2 por cento. No rendimento disponível por habitante, uma medida do nível de vida, Lisboa e Vale do Tejo surge 28 por cento acima da média nacional, seguida do Algarve (mais 21 por cento) e Madeira (mais 2 por cento). Abaixo da média situaram-se o Centro (menos 9 por cento), Alentejo (menos 12 por cento), Norte (menos 14 por cento) e Açores (menos 18 por cento). As diferenças registadas entre o indicador rendimento primário por habitante e rendimento disponível por habitante indicam as redistribuições de rendimento, que diminuem as disparidades regionais.

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