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Revolução no esqui da Serra da Estrela

Primeira fase de ampliação das pistas deverá estar concluída no próximo Inverno

A estância de esqui da Serra da Estrela vai passar a dispor no próximo Inverno de 15 pistas esquiáveis (mais dez que as actuais), com cerca de 15 quilómetros de extensão. A primeira fase de ampliação deverá estar pronta em Outubro ou Novembro deste ano e a ideia passa por triplicar o perímetro actual das cinco pistas, o que permitirá obter mais nove quilómetros de extensão para deliciar os amantes dos desportos de Inverno.

Para isso bastou apenas «potenciar» as capacidades da estância na Torre, «regularizando os terrenos que não estão aproveitados, nem identificados como áreas esquiáveis», explica Artur Costa Pais, administrador da Turistrela. O projecto, já pronto para ser entregue ainda este mês ao Instituto de Turismo de Portugal, ao Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) e à Câmara de Seia, tem ainda em vista a aquisição de mais equipamento e meios mecânicos. Nesse sentido, a Turistrela terá já adquirido seis novos teleskis, três dos quais com capacidade para transportar mil pessoas e os restantes para 800 pessoas. Investimentos necessários para eliminar as filas que já se verificavam no teleski e na telecadeira. «Com estes equipamentos, resolveremos os problemas durante os próximos dois ou três anos», aponta Artur Costa Pais, adiantando que a área esquiável projectada vai estar coberta por canhões para produzir neve. A Turistrela pondera igualmente comprar mais canhões de neve, mas desta vez «de baixa pressão e portáteis para serem transportados para as áreas que são mais necessárias», revelou o administrador. Soluções que serão conjugadas com a instalação de «paliçadas» em toda a estância, ou seja, barreiras de madeira que permitem manter a neve por mais tempo nas pistas.

O material para aluguer, como botas de esqui e “snowboard”, esquis, pranchas ou capacetes, serão também reforçados para diminuir o tempo de espera ao balcão. Esta área vai ser também reestruturada, tal como a escola de esqui. Entretanto, a mesma equipa de técnicos espanhóis já está a estudar a segunda fase de ampliação da estância, estando prevista uma expansão para a zona de Alvoco da Serra e Loriga. Este alargamento permitirá criar mais 18 pistas, todas cobertas com canhões de neve, aumentando assim a área esquiável para 35 quilómetros dentro de «quatro ou cinco anos», prevê o empresário. Um projecto que estará interligado com as três telecabinas previstas para a ligação entre a Torre-Piornos, Torre-Lagoa Comprida e Torre-Alvoco da Serra. Estes meios mecânicos destinam-se a descongestionar o trânsito nas vias de acesso ao maciço central, permitindo que os visitantes possam deixar os carros em parques de estacionamento situados abaixo dos 1.600 metros de altitude. Além disso, possibilitarão que a estrada da Torre até aos Piornos se transforme numa «belíssima pista de esqui», indica Costa Pais.

Liliana Correia

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