Arquivo

Reviver o pesadelo

Num campo de má memória, Sporting da Mêda voltou a não conseguir melhor que um empate em Vila Nova de Tazem

Depois de na última jornada do Distrital anterior ter visto o título esfumar-se ao não conseguir vencer em Vila Nova de Tazem, o Sporting da Mêda voltou a empatar com a equipa treinada pelo experiente Quim Jó. O único candidato assumido ao primeiro lugar, que se viu privado de três potenciais titulares como Fernando, João Abel e Camilo, começou a prova com o mesmo resultado alcançado na primeira jornada da época passada.

No entanto, a partida até começou da melhor forma para os visitantes, que inauguraram o marcador logo aos três minutos. Gato arrancou um cruzamento largo na linha para o goleador Paulo João saltar sem oposição e fazer, de cabeça, fazer o primeiro golo da tarde. A resposta não se fez esperar, já que no minuto seguinte Ricardo apareceu completamente isolado frente a Carlitos, mas permitiu o desarme quando tentou fintar o guardião adversário. Aos poucos a equipa da casa foi equilibrando a partida e o empate surgiu de forma natural aos 18’. Após uma perda de bola da Mêda na zona defensiva, Tota aproveitou para rematar de primeira sobre Carlitos, num tento de belo efeito. A partir daqui, os visitantes tentaram passar novamente para a frente do marcador, mas o melhor que conseguiram foram dois remates de Ivo de fora da área, aos 21’ e 32’, a que Óscar respondeu da melhor forma.

Antes do intervalo, o guardião vilanovense voltou a estar em destaque ao evitar o auto-golo de um companheiro após um canto. Na segunda metade, a Mêda entrou muito pressionante, mas foi surpreendida em contra-ataque logo no primeiro minuto. No entanto, Tota, isolado frente a Carlitos, permitiu-lhe a defesa. Até que aos 53’, o Vilanovenses fez mesmo o 2-1. Livre na direita com a bola a chegar até João Paulo, que, apesar de ter acertado mal no esférico, conseguiu fazer golo perante a passividade da defensiva medense. Em desvantagem, a Mêda apostou ainda mais no ataque, enquanto os locais tentaram tirar partido desse facto. O empate apareceu aos 74’ por Zé Tó, que aproveitou o “brinde” de Óscar, que não conseguiu agarrar uma bola aparentemente inofensiva. Até ao final da partida, o jovem guardião voltou a errar e quase dava a vitória ao Sporting da Mêda, valendo Jorginho a evitar o terceiro em cima da linha.

Contudo, ficou a dúvida se a bola chegou ou não a transpor a totalidade da linha de golo. Trabalho positivo de Élio Nascimento. No final, Quim Jó enalteceu a atitude dos seus atletas, ao mesmo tempo que deixou um “recado” aos adversários: «A Mêda é tão candidata como o Sabugal, o Vilanovenses ou outra equipa qualquer, porque o candidato tem que assumir-se dentro do campo», disse. Já Filipe Martins era um homem insatisfeito, mas esperançado para o futuro: «Cometemos dois erros que acabaram por ser fatais. Era um jogo de que tinha receio pela parte psicológica, pois podia pesar um pouco no subconsciente dos jogadores, mas o objectivo da subida mantém-se intacto», garantiu.

Ricardo Cordeiro

Sobre o autor

Leave a Reply