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Restaurantes satisfeitos com Roteiros Gastronómicos

Maioria dos proprietários ouvidos por O INTERIOR diz ter registado boa afluência

No Sabugal, o Carnaval foram quatro dias e todos dedicados ao melhor da gastronomia regional, desde a quase esquecida sopa de vagens secas ao obrigatório bucho raiano, sem esquecer os pratos de caça, os enchidos ou o popular cabrito assado. Os restaurantes que aderiram aos 3ºs Roteiros Gastronómicos fazem um balanço positivo desta iniciativa promovida pela Câmara.

Entre sábado e terça-feira, foi possível almoçar ou jantar um pouco por todo o concelho no âmbito do roteiro gastronómico, a que aderiram 13 restaurantes, com os preços a variarem entre os 7 e os 16 euros (refeição completa). «Tivemos sempre casa cheia e o único dia mais fraco foi o de segunda-feira», avalia João Robalo, proprietário do restaurante Robalo, no Sabugal, que serviu bucho, todos os dias, com os clientes a poderem ainda optar por outros pratos, como borrego e cabrito. O proprietário deste restaurante, que tem como especialidade o cabrito, sugere até que se façam roteiros gastronómicos noutras épocas do ano: «Podíamos ter um da castanha e outro com a vertente micológica», exemplifica. Mesmo em frente, o restaurante do RaidHotel parece não ter também motivos de queixa. Aqui, onde a ementa foi variando entre o bacalhau assado, o bucho, a truta do Côa ou o porco assado com castanhas, «houve bastante gente e as pessoas aderiram aos pratos indicados no roteiro», conta o gerente, Ricardo Alves.

Ainda na sede de concelho, a proprietária do restaurante O Templo, em que o bife de vitela na pedra está todo o ano em destaque, diz estar «muitíssimo satisfeita». Lídia Chapeira aderiu à iniciativa desde o primeiro ano e notou «uma maior adesão» que nas anteriores duas edições. «Tivemos até pessoas que vieram de propósito de Coimbra para os roteiros gastronómicos», conta. No El Dorado, em Fóios, onde se pôde comer sopa de vagens secas, Joaquim Fernandes diz também que «houve bastante afluência» ao seu restaurante. Comparativamente aos outros anos, «veio pelo menos mais gente do que no primeiro». «É uma iniciativa de louvar para que os pratos tradicionais não caiam no esquecimento», considera Joaquim Fernandes, que serviu ainda vitela na brasa, punhetas de bacalhau e febras das matanças, entre outros. No D. Sancho I, em Sortelha, Lisete Figueiredo, empregada de mesa, resume os cinco dias num «correu bem». Aqui, houve caldeirada de cabrito, perdiz guisada, javali, estufado de borrego, entre outras propostas. Já no Trutalcôa, em Quadrazais, e no Bica dos Covões, em Badamalos, parece não haver registos de mais afluência do que o normal, sendo que, ainda assim, louvam a iniciativa da autarquia – que teve a colaboração da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior.

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