A requalificação da rotunda que liga a Avenida de São Miguel à Avenida da Estação, junto ao Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda, e que incluía a instalação de uma antiga locomotiva da CP, já não vai concretizar-se neste mandato.
O primeiro concurso público, com um preço-base de 438 mil euros, mais IVA, aberto pela autarquia ficou deserto e obrigou à «readaptação do projeto», adiantou Álvaro Amaro aos jornalistas no final da reunião de Câmara da passada segunda-feira. Segundo o presidente, com este contratempo a remodelação «já não será feita este ano», tendo sido deliberado por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do PS, abrir novo concurso público. «Continuamos a achar um despropósito gastar 366 mil euros, mais IVA, nesta intervenção», afirmou Joaquim Carreira. Nesta sessão, o executivo aprovou, também por maioria, com a abstenção dos socialistas, a adjudicação da reabilitação da Rua do Comércio por 114 mil euros, mais IVA. Os trabalhos vão consistir na colocação de iluminação, mobiliário urbano e floreiras. «A Rua do Comércio não precisa desta intervenção», declarou o vereador socialista, recordando que o projeto resume-se agora à instalação de «um teto de luz e pouco mais».
Já para Álvaro Amaro, o objetivo desta obra é tornar a Rua do Comércio «ainda mais atrativa», estimando que os trabalhos se iniciem «dentro de 20 a 30 dias para estarem concluídos a 30 de junho». Antes da ordem do dia, Joaquim Carreira acusou a autarquia de não cumprir o regulamento do centro histórico ao permitir que a remodelação do edifício dos antigos Paços do Concelho, que vai acolher a futura sede da Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela, inclua o uso de materiais, como o alumínio e o PVC, proibidos. «É uma irresponsabilidade a Câmara da Guarda ter permitido que o projeto fosse a concurso público quando muita gente no centro histórico se viu impedido de ter acesso à licença de utilização ou à conclusão do licenciamento da sua obra por pormenores como estes», sustentou o vereador do PS.
Na resposta, o presidente do município garantiu que a Câmara está a cumprir o regulamento e os pareceres técnicos. «Respeitamos as regras e os regulamentos», sustentou Álvaro Amaro, sublinhando que a autarquia está «preocupada em recuperar e em dar dignidade a uma casa que já foi Câmara Municipal para ser a sede da CIM e solar dos saberes».
Luis Martins
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