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Repavimentação do centro histórico já arrancou

Empreitada também vai melhorar saneamento e enterrar os cabos da PT e EDP

Arrancou no início desta semana a nova fase da requalificação do centro histórico da Guarda. O projecto, orçado em cerca de 800 mil euros, está a cargo da construtora ARL e dá continuidade às obras executadas no âmbito do Polis, quando foram intervencionadas a Praça Luís de Camões, a Rua do Comércio ou a Rua Direita, por exemplo. Olhando para o trabalho feito e para o que a ARL deverá fazer, Carlos Marques, engenheiro da empresa, refere que «os projectos são quase iguais». Só que, desta feita, os trabalhos vão decorrer nas ruas excluídas nessa altura e podem prolongar-se por um ano.

Assim, vão ser intervencionadas todas as transversais da Rua do Comércio (tanto na direcção de S. Vicente, como no sentido ascendente, para a Rua dos Clérigos), a zona da Torre dos Ferreiros, as artérias nas imediações da antiga biblioteca municipal e a zona de S. Vicente, até ao Largo do Torreão. No decorrer da repavimentação serão usados materiais idênticos aos aplicados na empreitada da PolisGuarda, de forma a uniformizar a imagem das ruas do centro histórico. Nesses locais serão ainda enterrados os cabos de telefone e de rede eléctrica, substituídas as obsoletas tubagens de ferro por novas condutas em PVC e feita a separação das águas pluviais dos esgotos, que até agora corriam em conjunto. Como se trata de locais com baixa densidade populacional, Carlos Marques acredita que «o transtorno não será significativo», apesar de admitir que alguns moradores se possam vir a sentir sentir incomodados com as obras. Todavia, para que o impacto não se verifique desde já de forma significativa, o primeiro troço a intervencionar é a Rua dos Cavaleiros, que liga a sede da Associação Comercial da Guarda à Praça Luís de Camões. Apesar do tempo máximo previsto ser de um ano, os trabalhos poderão demorar-se, mediante as conclusões dos arqueólogos que vão acompanhar a requalificação das artérias. Estão previstas várias sondagens, nomeadamente junto à Torre dos Ferreiros e junto à antiga Biblioteca Municipal.

No final da semana passada foi acordado com a Câmara da Guarda e com os serviços de Protecção Civil o plano de emergência que vigorará nos locais afectados durante os meses da obra. Trata-se de não agravar as dificuldades de acesso e circulação de ambulâncias e veículos de bombeiros naquelas ruas estreitas, definindo «zonas onde os bombeiros consigam trabalhar» sem fechar as ruas por completo, «o que será complicado», admite o técnico da ARL.

Igor de Sousa Costa

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