Perto de 46,5 milhões pessoas estão em condições de participar na consulta popular, um número recorde para um plebiscito no Reino Unido, aponta a BBC.
As estações de voto espalhadas pelo território britânico abriram às 7 horas da manhã desta quinta-feira para o histórico referendo que vai ditar se o Reino Unido continua ou não a integrar a União Europeia.
Perto de 46,5 milhões pessoas são elegíveis para participar na consulta popular, um número recorde para um plebiscito no Reino Unido, aponta a BBC. As urnas encerram às 22 horas e a contagem dos votos deverá começar de imediato, antecipando-se que as primeiras projeções finais comecem a surgir pelas 3h30 da madrugada de sexta.
Assim, amanhã de manhã é provável que já seja conhecida a vontade da maioria da população, com as últimas sondagens de intenção de voto a preverem um empate técnico entre os que defendem e os que se opõem à saída do Reino Unido.
Este é o terceiro referendo nacional da história do Reino Unido e o segundo sobre o papel do país no seio da comunidade europeia. O primeiro aconteceu em junho de 1975, dois anos depois de o Governo conservador de Edward Heath ter firmado a adesão britânica à Comunidade Económica Europeia (CEE), que mais tarde viria a dar lugar à UE como a conhecemos.
Para as eleições de 1974, os trabalhistas lançaram um manifesto em que prometiam levar a permanência do Reino Unido na CEE a referendo caso fossem eleitos; talvez por causa disso, o partido de centro-esquerda conseguiu vencer as eleições, formando um governo minoritário e convocando a consulta para o ano seguinte.
À pergunta “Considera que o Reino Unido deve permanecer na Comunidade Europeia (Mercado Comum)?”, uma maioria dos britânicos respondeu “sim”. Esta quinta-feira, a pergunta que consta dos boletins de voto é: “Deve o Reino Unido continuar a ser membro da União Europeia ou deixar a União Europeia?” Como efeito imediato desta consulta, está previsto que David Cameron, o atual primeiro-ministro conservador, apresente a sua demissão caso falhe em alcançar uma maioria de apoios a favor da UE.