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Regiões mais pobres poderão ter portagens mais baratas

A Estradas de Portugal (EP) está a avaliar a introdução de critérios de discriminação positiva no preço das portagens das antigas SCUT no novo modelo de cobrança que ficará concluído em março.

Segundo o jornal i de hoje, está em causa a diferenciação do preço por quilómetro/veículo em função de indicadores de riqueza da região atravessada pela auto-estrada de forma a favorecer as áreas mais pobres. Para a definição do novo valor também poderá contar a existência de alternativas, e a sua qualidade, e «objetivos comerciais de atração de procura».

Contudo, o diário recorda que a recuperação da discriminação positiva terá de respeitar as regras comunitárias, uma vez que Bruxelas já condenou o anterior regime de isenções e descontos nas ex-SCUT por beneficiar apenas o tráfego local. «No novo modelo, os benefícios terão de estar associados à estrada e não a um tipo de utilizador, abrangendo todos os que passam na via. O regime de descontos de 15 por cento, em vigor desde outubro do ano passado, já segue esta orientação», recorda o i.

A proposta do novo modelo de cobrança nas Scut, da responsabilidade da Estradas de Portugal, deverá estar concluída em março. Além da política tarifária, estão em causa o sistema tecnológico de cobrança, assente em pórticos, o modelo operacional e a redução dos seus custos para a empresa. Este é um dos vetores da renegociações em curso com as concessionárias.

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