Que 2017 nos traga tempo – tempo útil para nós próprios e que nos permita um enriquecimento interior. A televisão e as redes sociais expõem cada vez mais uma sociedade inculta, parca de valores, sem conhecimentos, e que por isso se torna mais radical, sem capacidade de diálogo. Vivemos na correria dos tempos, atrelados pelos meios tecnológicos que nos “ocupam” mas não pouco nos acrescentam. Depois queixamo-nos de falta de tempo para ler, ouvir boa música, passear, estar com quem mais nos merece.
Em tempo de eleições, esperemos que os novos executivos autárquicos reforcem o papel da cultura como chave de desenvolvimento, pois só gente culta traz capacidade crítica e de inovação para desenvolver cada terra. Além do mais, como já foi provado em muitos municípios, a cultura pode render dividendos políticos e até dinheiro, assim os projetos culturais sejam integrados numa rede regional e dinamizados tendo em vista o futuro – não como casos isolados.
João Morgado
Escritor