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REFER sai da Guarda

Manutenção da Linha da Beira Alta será feita a partir de Coimbra e a da Beira Baixa desde o Entroncamento

A REFER vai fechar os seus serviços na Guarda, no âmbito de uma estratégia de «racionalização e partilha de recursos» na área da manutenção da rede ferroviária, confirmou a empresa a O INTERIOR.

A medida implica a transferência das chefias e de alguns colaboradores para outros Centros de Manutenção, uma vez que a coordenação das atividades de manutenção da infraestrutura ferroviária da região vai passar a ser feita a partir de Coimbra, no caso da Linha da Beira Alta, e do Entroncamento, para a Linha da Beira Baixa. «Os meios humanos que permanecerão nos mesmos locais de trabalho (incluindo a Guarda) serão os mais ajustados às necessidades do serviço ferroviário contratado à REFER pelos operadores, à organização da empresa e aos métodos e tecnologias atuais que enquadram e suportam a sua atividade», adianta fonte oficial da empresa, escusando-se a referir quantas pessoas vão deixar a Guarda. O mesmo responsável acrescenta que, «naturalmente, isso não invalida que não possa haver algumas situações de mobilidade interna de colaboradores, para além da que se aplica, desde já, às chefias de enquadramento por via da transferência de autoridade e de funções de coordenação».

Esta opção de concentração é justificada com a prestação de um serviço de manutenção «de crescente qualidade», que «impõe um reforço tecnológico e de equipamentos que importa rentabilizar para uma adequada gestão dos meios disponíveis». Segundo a mesma fonte, foi neste contexto que a REFER procedeu à revisão da sua rede de Centros de Manutenção, «tendo em vista esses objetivos de racionalização e de partilha de recursos, reforçando, paralelamente, a eficiência e a eficácia da atividade em causa». Segundo O INTERIOR sabe, a CP também está a ponderar fechar as bilheteiras existentes na estação de caminhos-de-ferro da Guarda. A medida deverá ser aplicada aos fins-de-semanas numa primeira fase e posteriormente durante os restantes dias da semana. Nessa altura, os passageiros terão que adquirir os seus bilhetes via Internet ou comprá-los ao revisor durante a viagem. A Junta de Freguesia de São Miguel já contestou esta possibilidade, que é justificada pela baixa taxa de venda de bilhetes ao balcão. Após o fecho da Delphi, a perda de importância da estação no contexto da REFER está a ser vista com preocupação na freguesia mais populosa da cidade.

Luis Martins

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