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Recolha de sangue «superou expectativas» na Escola de Santa Clara

Cerca de 750 pessoas responderam ao repto de tentar encontrar um dador compatível com um aluno que sofre de leucemia

Perto de 750 pessoas participaram no último sábado na campanha de recolha de sangue promovida pela Escola de Santa Clara, na Guarda, com o intuito de identificar um dador de medula óssea compatível com um aluno que sofre de leucemia. Com um saudável espírito de solidariedade, os guardenses aderiram em força na tentativa de ajudar esta criança, que tem «entre 10 e 12 anos», e que necessita «urgentemente» de um dador.

Paulo Almeida e Carla Gomes, dois jovens residentes na Guarda, estavam de consciência tranquila após terem contribuído para uma «causa única e importante». «É sempre bom quando podemos ajudar quem precisa e um dia poderemos ser nós», frisaram. Já Maria do Rosário confessou que o facto de conhecer o menino em causa, por ser auxiliar de acção educativa no jardim de infância que o actual aluno na Escola de Santa Clara frequentou, a levou a «vir dar sangue», admitindo que «se calhar não me sensibilizava tanto» caso não soubesse quem estava a tentar ajudar. Por seu turno, Victor Amaral, outro guardense que participou na recolha, salientou que esta «é uma causa para a qual todos os cidadãos se devem mobilizar e estar naturalmente solidários, até porque pode calhar a qualquer pessoa», frisou. Também Ricardo Carvalho se quis associar a esta campanha, uma vez que, em seu entender, «todos somos poucos para ajudar nestas alturas complicadas». Quem não podia ter ficado mais satisfeito com a adesão verificada foi o director da Escola de Santa Clara que assegura que «superou as nossas melhores expectativas» que apontavam para 500 amostras. A afluência foi tanta que o período para a recolha de sangue, inicialmente previsto para decorrer apenas das 9 às 13 horas, foi alargado até pouco depois das 15. De resto, se o material não tivesse «esgotado» e os técnicos do Centro de Histocompatibilidade do Centro não tivessem de regressar a Coimbra por terem outra campanha agendada, Adalberto Carvalho acredita que o número de dadores ainda poderia ter sido «maior». É que «fomos praticamente obrigados a fechar a porta», sublinha.

Deste modo, o responsável reconhece que «as esperanças» de encontrar um dador compatível para o aluno «saem reforçadas», uma vez que «quantos mais dadores houver, maiores são as possibilidades», embora frise que se trata de «matemática pura» e que é «muito difícil encontrar alguém compatível», voltando a salientar que todos os dadores vão passar a fazer parte de uma base de dados a nível europeu. O director escolar quis ainda manifestar o seu «sincero agradecimento à população pela adesão maciça que teve a esta campanha», sublinhou. Recorde-se que ter entre 18 e 45 anos, um peso mínimo de 50 quilos, ser saudável e nunca ter recebido uma transfusão de sangue foram as condições que tinham de ser respeitadas pelos interessados em ajudar.

Ricardo Cordeiro Guardenses aderiram em força na tentativa de ajudar criança doente

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        Escola de Santa Clara

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