A cobrança de portagens nas três antigas SCUT do norte rendeu à Estradas de Portugal, nos primeiros seis meses, cerca de 56 milhões de euros, abaixo do esperado, revela fonte do Ministério da Economia.
Um número que, se se mantiver a mesma taxa de utilização daquelas vias, se irá cifrar em pouco mais do que os 110 milhões de euros, bem abaixo dos 235 milhões que o então presidente da Estradas de Portugal, Almerindo Marques, tinha como previstos para este ano. A mesma fonte citada pela agência Lusa sublinha que este valor corresponde a receitas «já cobradas», entre 15 de outubro e 15 de julho. «Acresce a este valor as receitas a arrecadar para os períodos em questão, atendendo às diversas formas de pagamento e os diferentes prazos possíveis dessas cobranças de portagem», acrescenta. Até 31 de dezembro a Estradas de Portugal tinha recebido, das três concessionárias, cerca de 18 milhões de euros, valor que subiu para 32 milhões no fecho das contas do primeiro trimestre do ano. Contabilizando o valor total com o do primeiro trimestre, os dados indicam que no segundo trimestre a cobrança baixou para cerca de 26 milhões de euros.
O Ministério da Economia, que agora tutela também as Obras Públicas e Transportes, admite que «tendo em consideração o agravamento considerável da situação económica e financeira» do país, além do aumento dos preços dos combustíveis, «verifica-se que os valores cobrados estão naturalmente abaixo das expectativas». Desde 15 de outubro de 2010 até final de junho de 2011, as concessionárias das três antigas SCUT (autoestradas Sem Custos para o Utilizador) registaram cerca 54 milhões de transações viagens. Do tráfego total, 22 por cento corresponderam a transações isentas a 10 por cento, «ou seja, transações abrangidas pelo regime de discriminação positiva». O equivalente a doze milhões de viagens gratuitas.