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Reaberto processo de classificação do antigo Paço Episcopal de Pinhel

A Secretaria de Estado da Cultura abriu um novo procedimento de classificação do edifício do antigo Paço Episcopal de Pinhel. Situado na Parada Coronel Lima da Veiga, o imóvel datado do século XVIII acolheu a residência de estudantes da “cidade-falcão” e, atualmente, alberga a sede da empresa municipal e a Casa da Cultura.

A classificação do imóvel tem o parecer favorável da Direção geral do Património Cultural (DGPC) após proposta da Direção Regional de Cultura do Centro por o procedimento iniciado no ano 2000 ter caducado sem haver decisão. Inicialmente, a proposta de classificação tinha sido aprovada pela autarquia local em 1973. A diocese de Pinhel foi criada em 1770, sendo extinta cerca de cem anos depois. Foi o terceiro bispo, D. José António Pinto de Mendonça, quem, em 1783, mandou edificar no centro da cidade o Paço Episcopal, cuja campanha de obras decorreu até 1797. O projeto inicial integrava também a construção de um seminário e da sé catedral, que nunca foram erigidos.

O edifício desenvolve-se em planta quadrangular, em torno de um pátio interno. As suas fachadas são marcadas por janelas espaçadas com regularidade e que se dividem pelos dois pisos. O frontispício é rematado por frontão, onde foi inserido o brasão episcopal. Esta estrutura exterior apresenta muitas semelhanças com a Casa das Obras, em Seia. Depois da extinção do bispado em 1882, o Paço Episcopal foi comprado pela autarquia. A partir de 1888 acolheu o Regimento de Infantaria 34 e, em 1938, parte do espaço foi ocupado pela Biblioteca Pública. Na década de 40 do século passado, o paço passou a albergar o quartel da GNR e o posto da PSP.

Posteriormente, parte do edifício foi destinada a instalações escolares, com a abertura do Colégio da Beira em 1954 e do liceu, em 1972, que ocupou o espaço anteriormente cedido à GNR. No ano de 1990, o edifício foi doado pela Câmara ao Instituto de Apoio Sócio-Educativo e serviu de residência de estudantes. Este ano, a autarquia sediou ali a Casa da Cultura, que acolhe o Museu José Manuel Soares, o Museu Municipal e a biblioteca.

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