Arranca na segunda-feira o “FestiBoidobra – Tradições do Mundo”, um festival de folclore «diferente» promovido pelo Rancho Folclórico daquela freguesia da Covilhã e que conta com a participação de um grupo do México e outro da Geórgia, além de cinco ranchos portugueses, numa semana de intercâmbio cultural.
«O evento tem como objectivo ser a grande manifestação cultural da freguesia da Boidobra e pretendemos também alargá-la à própria cidade da Covilhã», sublinha o director artístico da formação anfitriã. Paulo Jerónimo refere que o festival será «aquilo que fomos vendo no que de melhor se fazia pelo mundo fora, ao longo dos anos de vida que o Rancho da Boidobra tem». O responsável defende que o evento se distingue dos habituais festivais de folclore «por ter a duração de uma semana, ao contrário dos outros, que duram um dia. Por outro lado, este festival não é só folclore, há uma interacção com as pessoas mais idosas, além da gastronomia e de todo o intercâmbio cultural, que não existe nos festivais tradicionais de folclore, onde se chega, dança-se e vai-se embora», explica.
Trata-se do primeiro festival do género no concelho e decorre até 2 de Agosto, período durante o qual ficarão na Boidobra os elementos do Georgian Folk Dancing Ensemble “Nabadi” (Geórgia) e a Compañia Folklórica Xaman-Ek (México). Na terça e quarta-feira, começo das actividades, os dias são marcados por actuações para idosos na freguesia e na Covilhã, Nos dias seguintes haverá uma visita à Serra da Estrela e mais uma actuação para os idosos. No dia 30, os grupos serão recebidos na Câmara da Covilhã e, à noite, actuam na Feira de S. Tiago. No último dia de Julho, os ranchos portugueses juntam-se aos convidados estrangeiros. São eles o Grupo Danças e Cantares Fermêdo e Mato (Douro Litoral Sul), o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Tábua (Beira Alta), o Rancho Folclórico Danças e Cantares de Santa Maria do Olival (Douro Litoral), o Rancho Folclórico “Os Camponeses da Peralva” (região dos Templários), para além do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico da Boidobra.
Nesse dia, pelas 18 horas, realiza-se o “desfile das nações”, que parte do jardim público para o Pelourinho com todos os participantes. À noite, tem lugar a gala “tradições do mundo” no Parque Duppigheim, na Boidobra, onde todos os grupos têm a oportunidade de mostrar a sua arte. No dia seguinte, e antes do encerramento, outro dos pontos altos será o “dia das famílias”, em que os residentes da Boidobra oferecem o almoço nas suas casas a três ou quatro elementos dos grupos participantes. «Trata-se de partilhar com eles a nossa gastronomia, os nossos hábitos e costumes», explica Paulo Jerónimo. Durante toda a semana decorrem ainda diversos “workshops” e ateliers.
Rafael Mangana