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Quiosque do cidadão pode não voltar a S. Miguel

Experiência-piloto deveria ter terminado em setembro, mas o equipamento só foi retirado depois das eleições

O primeiro quiosque do cidadão funcionou entre fevereiro e o passado dia 11 de outubro na recém-extinta Junta de S. Miguel, na Guarda, tendo ficado mais um mês do que o inicialmente previsto. O serviço deveria ter saído em meados do mês de setembro, mas só foi retirado depois das eleições autárquicas – o que, segundo João Prata, é mera coincidência. «Eles avisaram que sairia em setembro e nós pedimos para completar o mês e não sair a meio», disse o ex-presidente da Junta de S. Miguel e atual presidente da Junta da Guarda a O INTERIOR.

O futuro desta experiência-piloto ainda é uma incerteza, uma vez que as conclusões e falhas do equipamento estão em fase de análise e o Governo não dá uma resposta definitiva: «Não há garantia que o projeto vá continuar, a resposta foi “nim”», adianta João Prata. «Sabíamos que seria retirado para uma primeira verificação e até uma possível ampliação, mas não tenho informação do que vai ser feito agora», refere. O quiosque é uma alternativa às Lojas do Cidadão, permitindo à população consultar, requerer e imprimir certidões, comprovativos e demais documentos da administração pública. Mas tem de ser aperfeiçoado: «As pessoas aderiram mas reparámos que o equipamento tinha algumas limitações, houve situações em que eram os nossos colaboradores que ajudavam», evidencia o responsável, ressalvando que «a Junta já deu essa indicação para que possa ser corrigido».

Por sua vez, João Prata considera que o objetivo de levar as pessoas a trabalharem no quiosque do cidadão de forma livre e automática «não foi totalmente conseguido»: «O equipamento tem de ser mais amigo do cidadão, para este tirar mais rendimento dele, assim não está muito direto», considera o autarca. O regresso do quiosque é uma possibilidade que agrada ao presidente da Junta urbana, pois «mantém-se a preocupação de trazer mais serviços públicos para a população de S. Miguel», garante.

Balcão continua a funcionar em S. Miguel

O primeiro presidente da Junta da Guarda referiu ainda que o atendimento se mantém na zona da Estação, sendo que «várias pessoas já vão recorrendo aos serviços da Junta da Guarda em S. Miguel». Na opinião de João Prata, esta adesão «justifica outros serviços» para a população. Estes podem ser eletrónicos ou presenciais, mas «vai sendo cada vez mais difícil, para não dizer impossível, trazer serviços presenciais», constata. Ainda assim, «é o próprio Governo que deve procurar permitir essa adesão das pessoas ao eletrónico, a preocupação deve vir deles», entende o responsável.

Por seu lado, a nova Junta encontra-se a funcionar provisoriamente no Solar dos Póvoas, na Praça Velha, não se sabendo ainda onde ficará a sua sede definitiva: «Não sabemos quanto tempo vai demorar. Estamos a desenvolver contactos, a Junta e a Câmara, para ver quando há decisão», frisou o autarca. O espaço transitório começou a funcionar esta semana com horário alargado das 8h30 às 18 horas.

Sara Quelhas O quiosque do cidadão foi inaugurado em fevereiro

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