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Quercus diz que poluição do Noéme vai manter-se

Ambiente

«O problema da poluição do rio Noéme mantém-se e a continuará a manter-se», lamenta o presidente do núcleo regional da Guarda da Quercus.

Bruno Almeida reuniu com o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, na passada sexta-feira para falar deste assunto, tendo sido informado que, aquando da construção da estação elevatória junto à fábrica Manuel Rodrigues Tavares, não foi instalado um equipamento de análise do efluente proveniente da unidade de lavagem de lãs. «Esse equipamento impede o efluente de seguir para a ETAR de S. Miguel se a concentração e carga poluente for acima do permitido à entrada da referida ETAR», refere o dirigente. Segundo Bruno Almeida, o município comprometeu-se a candidatar a obra em causa aos fundos do quadro comunitário 2014-2020. «Até lá continuará tudo na mesma», declara o presidente da Quercus da Guarda.

Esta reunião aconteceu dez meses após ter sido solicitada pela direção do núcleo, segundo a qual as descargas poluentes no troço final do rio Diz, afluente do Noéme, na Guarda, mantém-se há vários anos, uma das quais ocorreu no início do mês. «A Câmara chegou a justificar a o problema com a falta de construção da estação elevatória e da conduta que levaria o efluente até à ETAR de S. Miguel, o que foi contraditado pela Águas do Zêzere e Côa que nos informou, em março deste ano, que a conduta estava construída e apenas aguardava que a fábrica indicasse os níveis de descarga e a quantidade de efluente para novo dimensionamento do tratamento das águas da ETAR de S. Miguel», sublinha Bruno Almeida. Entretanto, em agosto último, a Quercus participou o caso à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) e ao Ministério Público e aguarda por uma «atuação em conformidade».

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