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PSD e PS retiram proposta das subvenções para evitar guerras nos partidos

O PSD e o PS decidiram retirar a proposta da reposição das subvenções vitalícias a ex-políticos, que devia ser votada esta manhã no Parlamento, depois de críticas dentro dos próprios partidos.

Segundo o Expresso apurou, as conversas entre deputados do PSD prolongaram-se pela noite de ontem, tendo o partido conseguido convencer Couto dos Santos, o proponente, a retirar a proposta, evitando uma guerra interna.

Também o PS optou pela mesma via, após várias pressões de deputados socialistas.

Vários deputados sociais-democratas consideraram a aprovação «uma vergonha» ou «um erro colossal». A proposta, aprovada na quinta-feira na comissão parlamentar do Orçamento e Finanças, foi apresentada por um deputado do PSD e outro do PS, com cobertura das respetivas lideranças partidárias, e prevê a reposição do pagamento de subvenções vitalícias a ex-titulares de cargos políticos (ainda que com um corte de 15 por cento). Mas o BE exigiu a votação da proposta em plenário e a partir dai houve movimentações no PSD no sentido de inverter a situação.

Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, articulou-se com Pedro Passos Coelho e ontem à noite fontes da direção da bancada admitiam que «em matérias relativas ao Orçamento do Estado há disciplina de voto». Mas perceberam a necessidade de encontrar uma solução de compromisso que evitasse fraturas no grupo parlamentar e no partido, onde Carlos Carreiras, vice-presidente de Passos, apelidou o que ontem foi votado de «erro colossal».

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