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PSD da Covilhã contra encerramento da maternidade

Concelhia poderá mostrar descontentamento a Sócrates no dia da inauguração da Faculdade de Ciências da Saúde

Depois de Carlos Pinto foi a vez do PSD da Covilhã se insurgir contra a possibilidade do hospital local vir a perder a sua sala de partos e ameaçar com a mobilização dos cidadãos contra essa medida. A revolta pública poderá ser mostrada já no final deste mês, quando José Sócrates vier à cidade para inaugurar a Faculdade de Ciências da Saúde.

«Devemos estar todos mobilizados para que, a 30 de Abril, o primeiro-ministro entenda que estamos descontentes», apelou Joaquim Matias em conferência de imprensa, na última segunda-feira, avisando que o PSD «tudo fará para manter a maternidade». Até porque se trata apenas de uma medida «economicista» que, além de contribuir para a desertificação da região, também vai pôr em causa a segurança das grávidas. «O estudo feito por alguns tecnocratas não informa quais os quilómetros que uma mulher tem que fazer para ter o seu filho, nem os perigos a que estão sujeitas nesse transporte», disse o presidente da concelhia “laranja”. Daí que defenda a manutenção das três maternidades. Joaquim Matias insinuou ainda haver «decisões político-partidárias» e «lobbys» a funcionar para que seja a Covilhã a ficar sem o bloco de partos, referindo-se concretamente ao facto das autarquias da Guarda e Castelo Branco serem socialistas. «Será que a intervenção de Pina Moura tem a ver com o “lobby” criado na Guarda», atirou Joaquim Matias, que criticou ainda o silêncio do PS covilhanense e dos deputados socialistas na Assembleia da República sobre a matéria. Ricardo Abreu, líder da JSD, também anunciou estar a preparar algumas iniciativas de protesto. «O encerramento da maternidade da Covilhã apenas irá contribuir para o negócio das privadas», apontou.

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