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PS escolhe Santinho Pacheco na Guarda mas impõe Maria Antónia Almeida Santos

Lista às próximas legislativas pelo círculo da Guarda deverá ficar completa com Olga Marques, João Pedro Borges ou António Saraiva e um elemento da Juventude Socialista

António Santinho Pacheco é o cabeça de lista do PS na Guarda e lidera uma lista que já está feita e deve ter sido aprovada anteontem, em Celorico da Beira, pelo secretariado da Federação e pela comissão política distrital. A surpresa é que o candidato paraquedista vai em segundo e neste caso será Maria Antónia Almeida Santos, filha do histórico e antigo presidente do PS António Almeida Santos. A atual deputada por Lisboa surge através da quota nacional do secretário-geral do partido e a divulgação do seu nome não caiu bem no seio dos socialistas da Guarda.

Quem está fora da corrida é o presidente da Federação. José Albano Marques – que estará mais interessado em concorrer à Câmara de Celorico da Beira em 2017 – abdicou de um lugar mas impôs Santinho Pacheco e depois Olga Marques, antiga presidente da Federação das Mulheres Socialistas e sua irmã, na terceira posição. A seguir deverá surgir o elemento da concelhia da Guarda, sendo que a secção da capital de distrito aprovou o nome do seu presidente, João Pedro Borges, que só estará disponível para o terceiro lugar. Contudo, o dirigente tem no encalce António Saraiva, coordenador da extinta Agência para a Promoção da Guarda, e mesmo o ex-diretor regional do Inatel António Carlos Santos. O quinto lugar da lista está reservado para a Federação da Juventude Socialista.

Unanimidade mereceu a opção de Santinho Pacheco por parte da comissão nacional do PS . O último Governador Civil da Guarda, antigo presidente da Câmara de Gouveia e ex-deputado pelo distrito surge como símbolo da renovação das listas e volta a estar na primeira linha do combate político. A sua escolha foi classificada como «histórica» pela Federação do PS por ser um cabeça de lista natural e residente no distrito. O histórico Santinho Pacheco é «uma mais-valia para que a vitória do PS seja uma realidade nas próximas legislativas», congratula-se a estrutura distrital. Mas para que tal acontecesse António Costa impôs Maria Antónia Almeida Santos, já que Edite Estrela declinou o convite para concorrer pela Guarda. Filha de António Almeida Santos, natural da localidade de Cabeça (Seia) e primeiro presidente da Assembleia Municipal da Guarda, a deputada presidiu nesta legislatura à Comissão Parlamentar de Saúde, tendo sido eleita pelo concorrido círculo de Lisboa depois de entrar por Coimbra em 1999 e 2011.

«Serei um deputado do terreno», promete Santinho Pacheco

«Serei um deputado presente e irei a todas. Serei um servidor de causas públicas», promete Santinho Pacheco, que tenciona ser eleito e repetir a roda viva que foi a sua passagem pelo Governo Civil. Sempre «na defesa dos interesses do distrito» e «ao lado» dos anseios das populações, acrescenta. «Num distrito como o nosso, o deputado deveria representar o Estado junto das populações, mantendo uma presença física e um diálogo permanente com as instituições, as empresas e as pessoas. É esse estilo que quero imprimir se for eleito deputado, em nenhuma circunstância porei à frente o comodismo pessoal ou mesmo familiar em detrimento das minhas obrigações. Eu serei um deputado do terreno, das pessoas, das empresas e das instituições», garante Santinho Pacheco nas primeiras declarações aos jornalistas. O candidato espera contribuir para o PS recuperar o segundo deputado pela Guarda, tanto mais que os três eleitos pelo PSD em 2011 são «absolutamente alheios à realidade do distrito». Do lado da maioria, a coligação PSD/CDS-PP deverá anunciar até ao final do mês o seu cabeça de lista, sendo que a escolha do candidato estará agora fortemente condicionada à opção seguida pelos socialistas.

Luis Martins «Serei um deputado do terreno, das pessoas, das empresas e das instituições», promete Santinho Pacheco

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