Arquivo

Promessas para as autárquicas e o “não” às portagens no Congresso do PS Guarda

Ministra da Saúde justificou medidas de austeridade na sessão de encerramento

O compromisso de luta contra as portagens nas auto-estradas da Beira Interior e o objectivo de conquistar a maioria das Câmaras do distrito da Guarda, nas eleições de 2013, são algumas das metas traçadas pelo Partido Socialista (PS), no último Congresso da Federação da Guarda, realizado no sábado no Hotel Turismo.

«Fomos sempre contra as portagens e conseguimos alguns avanços já que as famosas isenções, que apenas diziam respeito a alguns concelhos, poderão passar a ser também para outros», afirmou José Albano Marques, presidente reeleito da Federação. Ainda assim, esta não parece ser uma solução que agrade particularmente aos socialistas, que interpretam a isenção do pagamento de portagens só para alguns concelhos como uma «injustiça». As próximas autárquicas ainda estão longe, mas José Albano Marques já desenhou o cenário: «A única coisa que assumimos é que o PS vai ganhar a maioria das Câmaras do distrito», garantiu. O líder socialista, que foi candidato único ao lugar, afirmou ainda que o partido vai «apostar de igual forma nas 14 Câmaras municipais» e que este objectivo irá absorver as forças da Federação e concelhias nos próximos tempos.

O investimento do Estado no interior foi outro dos assuntos abordados na reunião magna dos socialistas guardenses. O presidente da Federação desvalorizou a reduzida verba (4,4 milhões) atribuída a oito concelhos do distrito (os outros seis ficaram a zero) no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC). «Não me peçam para vos dirigir palavras sobre o PIDDAC, ele vale o que vale e não serve para medir os instrumentos e os investimentos de um Governo num distrito», defendeu José Albano Marques, para quem «o investimento do Estado está a ser realizado e as obras estão a ser feitas». A sessão de encerramento do congresso contou com a participação de Ana Jorge, ministra da Saúde. A oradora esclareceu que veio à Guarda na qualidade de militante do partido, mas o seu discurso foi sobretudo um justificar das medidas de austeridade recentemente divulgadas pelo Governo.

«Este é o orçamento mais difícil e simultaneamente mais necessário dos últimos 20 anos», defendeu. Ana Jorge fez questão de sublinhar que, apesar da situação financeira ser grave, «o Serviço Nacional de Saúde não é colocado em causa com esta proposta de Orçamento de Estado». Nesta área, a oradora destacou a importância da criação da Unidade Local de Saúde da Guarda, que «facilita a articulação entre os hospitais do distrito» e permitiu o arranque das obras de ampliação do Sousa Martins. A esse propósito, Ana Jorge congratulou-se pelo facto de a primeira fase estar em curso e terminar em Julho de 2011. Ao longo da tarde de sábado, os socialistas do distrito foram a votos para eleger as listas candidatas aos órgãos da Federação. A participação no congresso gerou polémica nos dias que antecederam a reunião, uma vez que a comissão organizadora não aceitou a lista de candidatos a delegados liderada por Nuno Almeida.

O presidente da concelhia da Guarda esteve, por inerência, no congresso, mas não houve “confronto” com o presidente reeleito da Federação. Como seria de esperar, as moções sectoriais e a moção global de orientação política apresentada por José Albano Marques foram aprovadas por unanimidade.

Catarina Pinto Socialistas da Guarda reuniram-se no Hotel Turismo

Promessas para as autárquicas e o “não” às
        portagens no Congresso do PS Guarda

Sobre o autor

Leave a Reply