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Projecto dos cinco parques de estacionamento na Serra fica “na gaveta”

António Alves Martins diz que «não é política» do IEP construir aquelas zonas

O projecto que previa a construção de cinco parques de estacionamento ao longo da Serra da Estrela não vai, afinal, sair do papel. Recorde-se que esta era uma medida defendida por José Gomes, antigo director de Estradas da Guarda, com o objectivo de conseguir uma melhor organização da circulação rodoviária no maciço central. António Alves Martins, actual responsável pelas estradas do distrito da Guarda, realça que o Instituto das Estradas de Portugal (IEP) não constrói parques de estacionamento porque esta «não é a política» daquele organismo.

«Quem tem que os fazer é quem sente essa necessidade», reforça, exemplificando com os casos das pistas da Torre, onde caberá à Turistrela criar os parques de estacionamento, enquanto que na aldeia do Sabugueiro será a Câmara de Seia a «principal interessada» nessa infraestrutura, considera. De resto, António Alves Martins afirma que o seu antecessor «nunca falou» na construção de cinco parques de estacionamento na Serra. «O que estava previsto era fazer uma zona de inversão do sentido de marcha e é assim que está programado e adjudicado», garante. Este espaço, onde os automobilistas poderão inverter a marcha, «não pode ser encarado na perspectiva de parar carros», pelo que «se o Parque Natural da Serra da Estrela ou a Região de Turismo entendem que necessitam de parquear ali viaturas têm que ser essas estruturas a criar os parques de estacionamento», avisa. O que é certo é que José Gomes, que em Maio do ano passado assumiu funções de director de Estradas de Coimbra, defendeu a construção de cinco parques de estacionamento em diferentes áreas da Serra da Estrela, nomeadamente na Torre, nos Piornos e na zona da Lagoa Comprida. No ano transacto, o engenheiro explicou mesmo que a capacidade necessária dos parques iria ser «determinada com base nos registos dos contadores de tráfego», indicando ainda que os espaços teriam «uma utilização restritiva e selectiva» em relação directa com as necessidades de segurança. Desta forma, enquanto que um autocarro teria direito a usar o estacionamento «de forma indiscriminada», um veículo ligeiro já não teria as «mesmas condições, podendo mesmo o aparcamento ser pago», referiu na altura.

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