Filipe Alves é um dos três fruticultores apoiados na segunda edição da Academia do Centro de Frutologia Compal. O guardense de 31 anos, Aurora Santos e Ricardo Tojal, do Fundão, receberam uma bolsa de instalação, no valor de 20 mil euros, para darem continuidade ou iniciarem os seus projetos na área da fruticultura.
Filipe Alves, o mais novo dos três vencedores, é licenciado em Engenharia Civil e vai produzir cereja num terreno com 4,4 hectares, na Guarda. O jovem empresário espera comercializar 44 toneladas daquele fruto no final do quarto ano de atividade. Por sua vez, o licenciado em arquitetura Ricardo Tojal pretende mudar de vida e instalar uma exploração de pêssegos em 26 hectares, no Fundão. A sua estimativa é produzir 680 toneladas de fruta em 2018. De acordo com a Academia do Centro de Frutologia Compal, a segunda edição deste desafio ao empreendedorismo jovem neste setor envolveu doze formandos – mais de um terço dos quais não tinha tido qualquer contacto com a atividade frutícola anteriormente –, que tiveram a oportunidade de desenvolver os seus conhecimentos e partilhar experiências com produtores, técnicos e empresários agrícolas, assim como estabelecer parcerias para a sustentabilidade futura do seu negócio.
O objetivo é desenvolver o cultivo de 11 frutas diferentes, como a maçã, a pera rocha, o marmelo, a maçã bravo Esmolfe, o pêssego, o melão, a melancia, a ameixa Rainha Cláudia, a cereja, a pera e a ameixa, em diferentes pontos do país. Os projetos foram avaliados por um júri constituído por quatro parceiros do Centro, a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal(AJAP), a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e o Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa (ISA). O Centro de Frutologia Compal é um projeto único em Portugal, com o objetivo de valorizar e promover a fruta portuguesa estimulando a inovação nas vertentes produção, transformação e consumo.