Ex-primeiro-ministro garante que a sua família «não faz tráfico de capitais nem movimenta largas somas» e acusa: «Constrói-se uma notícia falsa com o objetivo de me difamar».
A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclarece, em comunicado, que, «na sequência de notícias vindas a público nas últimas horas, José Sócrates não está a ser investigado nem se encontra entre os arguidos constituídos no Processo “Monte Branco”».
Na sua edição de hoje, a revista “Sábado” avança com uma investigação sobre o caso “Monte Branco”, revelando uma teia de ligações entre o ex-primeiro ministro, o seu primo José Paulo Bernardo Pinto de Sousa e o empresário Carlos Santos Silva. E garante que Sócrates tem estado sob apertada vigilância do Ministério Público, considerando-o suspeito no caso. Este processo é uma investigação a um esquema de fraude fiscal e branqueamento de capitais de grandes dimensões.
Ainda segundo a revista, José Sócrates «tem sido vigiado de muito perto e os investigadores já terão avançado para a quebra do sigilo fiscal, patrimonial e bancário do primeiro ministro». A publicação revela ainda que «o próximo passo – agora que a primeira fase da investigação está praticamente concluída – será a constituição como arguido do ex-governante». E acrescenta: «No MP, também se pondera, há várias semanas, a possibilidade de deter Sócrates para interrogatório, à semelhança com o que aconteceu na semana passada com Ricardo Salgado».
Em declarações prestadas entretanto à RTP, José Sócrates garante: «A minha família não faz tráfico de capitais nem movimenta largas somas». E acusa: «Constrói-se uma notícia falsa com o objetivo de me difamar».
