Finalmente! Motivado pelo primeiro ponto da época, obtido na jornada anterior em Chaves, o Sporting da Covilhã alcançou o seu primeiro triunfo na Liga de Honra batendo o União da Madeira por três bolas a uma. Sem realizar uma partida brilhante, os “Leões da Serra” reagiram da melhor forma a um golo sofrido “a frio” e asseguraram uma vitória inteiramente merecida. Ainda mal o jogo tinha começado e já o União de Madeira estava em vantagem no marcador, aproveitando da melhor forma um deslize de Luciano, que não conseguiu suster um cabeceamento de Jorge Soares, na sequência de um pontapé de canto, e caiu com o esférico para dentro da baliza. Apesar deste “balde de água fria”, o Covilhã não se deixou abater e alcançou a igualdade à passagem do quarto de hora. O tento surgiu após um lançamento longo para Oseias, que desmarcou Lourenço, prosseguindo o médio até à área para “aplicar” um bonito “chapéu” ao guarda-redes Raul Iglésias. Dois minutos depois foi a vez de Hermes tentar a sua sorte com um forte remate de fora da área, que não passou muito longe do poste. Pelo lado dos madeirenses, o avançado Cícero foi sempre o mais inconformado, tendo causado alguns calafrios a Luciano, como aos 19’, após uma boa jogada pelo flanco esquerdo.
Na segunda parte, disputada debaixo de chuva intensa, o União entrou melhor e voltou a criar perigo, novamente por Cícero, que, aos 49’, teve um cruzamento/remate que rasou a linha de golo. Três minutos volvidos, o árbitro João Vilas Boas deixou passar em claro uma grande penalidade a favor dos serranos, fazendo “vista grossa” a um derrube de Marcelo a Hermes em plena grande área. Mas aos 57’ Piguita consumou a reviravolta no marcador, após um pontapé de canto de Rui Andrade. A partir daqui, o União da Madeira começou a ter mais posse de bola, com a equipa da casa a jogar em contra-ataque. Foi numa dessas jogadas que Denilson, aos 72’, falhou de forma incrível o terceiro golo, na sequência de uma excelente jogada de Dani. Sempre muito empenhado e laborioso a defender, o Sporting da Covilhã fechou o marcador no terceiro dos quatro minutos concedidos pelo árbitro, graças a uma infelicidade do espanhol Fernando Porto, que bateu o seu próprio guarda-redes. Vitória merecida dos “Leões da Serra”, numa partida em que o trio de arbitragem bracarense prejudicou a equipa da casa ao não marcar o pénalti sobre Hermes. No final do encontro, João Cavaleiro salientou a justiça do triunfo: «O Covilhã mereceu amplamente os três pontos. Foi uma vitória do querer, do acreditar e só desta forma poderemos inverter esta situação», sublinhou o treinador covilhanense. Por parte da equipa insular, o técnico-adjunto, Joaquim Loureiro, disse que o União estava à espera de «encontrar um adversário que ia tentar tudo por tudo para fazer pontos», considerando que a sua equipa controlou o jogo na segunda parte, «mas foi surpreendida em dois lances de bola parada». Depois de uma paragem, devido aos compromissos da selecção nacional, o Covilhã volta a jogar no Santos Pinto, dia 23, para a Taça de Portugal, frente ao primodivisionário União de Leiria.
Ricardo Cordeiro
