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Prevaleceu a lei do mais forte

Marítimo ganhou em Aguiar da Beira por 3-0, mas a equipa de Nuno Sena ainda assustou os madeirenses

Caiu de pé. O Aguiar da Beira foi eliminado da Taça de Portugal pelo favorito Marítimo, mas apesar do resultado desnivelado, só na recta final é que a equipa da Iª Liga marcou os dois últimos golos da tranquilidade. Antes, o campeão distrital da Guarda dispôs de duas excelentes oportunidades para empatar e acreditar que poderia forçar a formação madeirense ao prolongamento.

Num jogo histórico para o Aguiar da Beira, que nunca tinha chegado à quarta eliminatória da Taça, a bancada do Estádio Mundial registou uma boa assistência e nos primeiros minutos o jogo foi equilibrado, com a bola a ficar muitas vezes presa num relvado sintético completamente encharcado devido à chuva intensa. O primeiro remate pertenceu à equipa da casa aos 6´, por intermédio de Renan, que atirou ligeiramente ao lado. Contudo, três minutos depois, o Marítimo colocou-se em vantagem no marcador. Livre de David Simão com Luís Olim a saltar mais alto que toda a gente e a cabecear para golo apesar de Patrício ainda ter tocado na bola. Aos 15’, Semedo, de muito longe, obrigou o guarda-redes local a uma grande defesa e aos 17’ Patrício fez mais uma grande parada, desta feita a negar o golo a Olberdam. O Aguiar da Beira esboçou uma ténue reação à desvantagem, mas sem perigo e, aos 33’, Patrício voltou a evitar novo golo com mais uma boa defesa a remate de David Simão.

Já na segunda parte, aos 53’, o Marítimo desenhou uma boa triangulação no ataque com Rodrigo a assistir Fidelis, que empurrou a bola para a baliza contrária, mas o lance foi prontamente invalidado por posição irregular do avançado. Insatisfeito com o resultado, Nuno Sena fez duas substituições para tornar a equipa mais ofensiva e como o Marítimo não conseguia fazer o segundo golo, o Aguiar da Beira foi ganhando confiança com a ajuda do público. Aos 72’, Renan teve uma boa jogada individual à entrada da área, assistindo Tiago Gomes que rematou fraco para as mãos de Wellington. Passados quatro minutos, os locais estiveram perto do empate num livre direto de Renan, ainda de muito longe, que obrigou Wellington a fazer a sua defesa mais difícil do encontro. No entanto, quando a equipa da IIIª Divisão estava à procura de anular a desvantagem, o Marítimo fez o 0-2 num golo vistoso de Luís Olim.

Aos 83’, Renan, dos melhores da equipa da casa e que em dezembro vai jogar para a Oliveirense da IIª Liga, obrigou Wellington a mais uma bela defesa para evitar o golo. A esperança dos aguiarenses desvaneceu-se a um minuto dos 90’, quando Adilson, de cabeça, fez o 3-0 na conclusão de uma boa jogada de João Diogo. Boa arbitragem de Artur Soares Dias.

No final, o treinador do Aguiar da Beira mostrou-se satisfeito com o comportamento dos jogadores e considerou pesado o resultado final: «Era fundamental não sofrer golos nos primeiros 15, 20 minutos, mas eles marcaram logo aos 9’ de bola parada, em que sabíamos que eram muito fortes, o que nos deitou um bocado abaixo animicamente. Na segunda parte, entrámos melhor, acreditámos e sofremos o segundo golo já nos últimos dez minutos. Antes, enquanto está 1-0 tivemos duas oportunidades muito boas para empatar. O segundo golo matou o jogo, mas quero elogiar a atitude dos meus jogadores que foram fantásticos», declarou Nuno Sena. Pelo lado do Marítimo, Pedro Martins considerou a vitória «justa e difícil», tendo felicitado o Aguiar da Beira pela «excelente réplica que deu».

Ricardo Cordeiro Josivan, vigiado por três maritimistas, foi dos mais prejudicados pelo mau estado do sintético

Prevaleceu a lei do mais forte

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